sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ceará tem apenas um médico para cada mil habitantes


Dos atuais 9.262 médicos em atividades no Ceará, um montante de 5.038 é especialista, 54% do total, conforme dados da Demografia Médica no Brasil, mapeamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Apesar dessa tal “bonança”, a comerciante, Neuda Matos, 50, diz esperar há mais de três meses por uma visita ao urologista com seu pai doente.

A prova desta dificuldade de Neusa e de outras centenas de usuários é a atual proporção médico por habitante, que se encontra na razão de 1,1 para cada mil habitantes. Este cenário insere o Ceará na 7ª pior posição brasileira no ranking que avalia distribuição dos profissionais entre a comunidade.
“Quem está precisando de especialidades médicas, principalmente para idosos e crianças, tem sofrido muito com a ausência deles”, reclama Neusa. Para a comerciante, é mais fácil encontrar generalistas.
Ela relata também os dias de espera em longas filas, a demora para o recebimento de exames e feitura de um rotineiro check-up. “Se dizem que tem quase 10 mil médicos para o povo, cadê todos eles?”, indaga.

Divisões
Entre as cinco maiores categorias no Estado, a pediatria ganha de todas, com 712 profissionais em atividade, deixando em segundo lugar os ginecologistas e obstetras (575); os anestesiologistas (437), em terceira posição; os cirurgiões gerais (427), na quarta, e os clínicos médicos (349), em quinto lugar.
Entre as mais “minguadas”, o mapeamento aponta a genética médica, com apenas um médico para todo o Ceará, e três cirurgiões de mãos para atender toda a demanda cearense.

O mapeamento revela ainda que o Brasil possui 204.563 especialistas e 167.225 generalistas. No entanto, conforme o estudo do CFM, as desigualdades regionais são gritantes. A região Sul contabiliza, por exemplo, o maior número de especialistas (1,95 para cada um generalista), contrapondo com a região Norte (0,83) e Nordeste (0,96).
Para agravar ainda mais o cenário, a concentração de profissionais ainda é grande na Capital, 51% trabalham em Fortaleza, não querem se arriscar, tentar ganhar a vida no Interior.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Ceará (CRM-CE), Ivan Moura Fé, lamenta essa situação e relata que a dificuldade, entretanto, não se restringe ao serviço público.

“Temos muitas carências também na rede privada, nas áreas de endocrinologia e de neurologia. A medicina da família ainda é pouco presente apesar de toda a real necessidade”, frisa.

O presidente do CRM-CE aponta que a maior dificuldade, hoje, é conseguir manter os médicos nos sues postos, visto que, segundo ele, os salários não seriam tão tentadores. Ele frisa um outro ponto, o crescimento da participação de mulheres na medicina, um total de 38,4%.

Pediatria
Para o presidente da Cooperativa dos Pediatras do Ceará (Cooped-CE), João Borges, apesar dos especialistas ainda serem a maioria, há muitos deles - em especial, os pediatras - que estão abandonando a carreira.
“Pelo menos uns 40% dos pediatras do Ceará está alargando o ramo. Estão desestimulados por demais. Quem não realiza procedimento cirúrgico, fica só em consultório, sofre bem mais”, finalizou Borges. 

PEDIATRIA
Fortaleza enfrenta carência nas emergências

Embora a pediatria seja a especialidade mais procurada pelos médicos no País, Fortaleza enfrenta uma carência de pediatras nas emergências das unidades de atendimento secundário. Segundo o coordenador de gestão hospitalar da Prefeitura, Helly Ellery, apenas uma média de 70% do quadro de pediatras que deveriam trabalhar no setor atuam de fato nas emergências dos hospitais secundários.

Conforme o coordenador, um dos motivos para o fato é a emergência ser um campo que tem atraído poucos profissionais. "Hoje, a emergência é um lugar de tensão", acentua.

Ellery informa que as unidades secundárias passarão, em 2012, por um reordenamento que dividirá especialidades de acordo com o perfil de cada hospital. A pediatria do Frotinha do Antônio Bezerra, diz, será transferida para o Gonzaguinha da Barra do Ceará, que, por sua vez, transferirá seu atendimento clínico para o Antônio Bezerra. Segundo o coordenador, não haverá redução nos atendimentos.


Fonte:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1080155

Número de médicos no Brasil cresce 21,3% em uma década

Na última década, o número de médicos cresceu 21,3%, índice superior ao aumento da população no mesmo período, que foi 12,3%. A categoria já soma 371.788 profissionais em atividade e coloca o Brasil como o quinto país em número absoluto de médicos, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Divulgada nessa quarta-feira (30), a pesquisa reitera que não há falta de médicos, mas que eles estão distribuídos de forma desigual entre as regiões. O Sudeste e o Sul continuam a concentrar a maioria – com duas vezes mais médicos que as outras regiões. Os motivos são a maior oferta de emprego, de rede de hospitais, de escolas e a melhor qualidade de vida, o que acaba atraindo mais profissionais.
Os pesquisadores calculam 1,95 médico para cada mil brasileiros. O Distrito Federal lidera o ranking com 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (3,57), por São Paulo (2,58) e pelo Rio Grande do Sul (2,31) – taxas comparadas às de países europeus. Na outra ponta, estão o Amapá, Pará e Maranhão com menos de um médico por mil habitantes.

“Não há falta generalizada de médicos no país. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez em determinados municípios, regiões, redes de serviços de saúde”, disse Mário Scheffer, coordenador do levantamento e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisa atribui o aumento de médicos ao boom das faculdades de medicina nos últimos anos. De acordo com os dados levantados, 77 escolas médicas foram criadas de 2000 a 2010, o equivalente a 42,5% das escolas abertas em dois séculos no Brasil. Das 77 novas faculdades, as turmas não concluíram o curso em 25 delas. Estima-se 16,8 mil novos profissionais a cada ano.

Os dados reforçam as críticas das entidades médicas em relação à posição do governo sobre a abertura de cursos de medicina. “Um médico malformado é um problema no SUS [Sistema Único de Saúde], que vai durar 40 anos. Não é mais uma solução”, disse Desiré Callegari, primeiro secretário do CFM.

No último dia 18, o Ministério da Educação anunciou o corte de 514 vagas de medicina em cursos com desempenho insatisfatório. No entanto, a pasta, junto com o Ministério da Saúde, prepara um plano para ampliar a oferta de vagas de medicina, por determinação da presidenta Dilma Rousseff.

“O ministério tem preocupação com a qualidade das escolas. Nós, junto com o MEC [Ministério da Educação], fecharemos as vagas de escolas de baixa qualidade, mas abriremos novas vagas que garantam qualidade nas regiões que precisam”, explicou Alexandre Padilha, ministro da Saúde.

Em relação à distribuição dos profissionais, Padilha disse que a pasta tem adotado medidas para fixar os médicos no interior e nas periferias das capitais, entre elas, descontos na dívida do financiamento estudantil para os recém-formados que trabalharem na rede pública de áreas pobres e com deficiência de médicos.

Fonte:
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/12/01/numero-de-medicos-no-brasil-cresce-213-em-uma-decada/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Número de atestados eclode nas datas festivas



Os atestados tem uma característica em comum: emissão em datas especiais, como carnaval, semana santa, carnatal, final de ano, São João. "As empresas começam a desconfiar quando o funcionário entrega atestados repetidos em curto espaço de tempo e nessas datas específicas", diz Lindinalda Rocha, diretora administrativa da Nutrivida. No último semestre, a empresa rastreou cinco atestados, três deles supostamente emitidos por médicos do hospital Santa Catarina. Todos eram falsos.

 Ela supõe que muitas empresas sequer percebem os indícios de fraude. "Algumas tem mais facilidade de perceber, estão mais atentas, outras não. Nós como somos da área de saúde, e eu já trabalhei no Walfredo Gurgel, temos mais facilidade. Conheço os médicos e fica fácil identificar uma fraude", diz ela.

A empresária também acredita na existência de uma rede articulada, até pelos depoimentos que já ouviu. "Às vezes você percebe ações de cadastro de pessoas no pronto-socorro apenas para dar respaldo a fraude, quando você procura detalhar esse atendimento não acha nada. E isso caracteriza formação de quadrilha", disse ela.

Ela acredita que enquanto as empresas e órgãos públicos não se unirem para punir os maus profissionais esse esquema fraudulento não para. "Hoje eu recebo um atestado já vou checar a veracidade, não confio em tudo porque a fraude é gritante". A reportagem da TRIBUNA DO NORTE também ouviu relatos de um  outro lado da moeda. De pacientes que são realmente consultados, mas alteram datas e número de dias da licença. E de médico que por - amizade, ou por algum tipo de favorecimento - emitem atestados falsos.

O presidente do Cremern evitou citar nomes, mas confirmou que entre os processos de falsificação de atestados, existem processos cujo investigado é o médico. "Não existe protecionismo. O médico que ferir o Código de Ética será punido". Jeancarlo Fernandes afirmou que a entidade está atenta ao artigo 80, do Código de Ética Médica.

Esse artigo veda ao médico expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade.  "Os casos que chegam ao conselho denunciando a falsidade de atestados estão sendo apurados e, se confirmada a prática, o médico vai ser penalizado", disse. O uso de atestado falso configura crime, com pena de até 2 anos. Além disso, a empresa pode demitir por justa causa.

Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

Quadrilhas especializadas em falsificação de documentos médicos


 
Em 6 meses,  hospital  confirmou a falsificação de 20 documentos

O diretor técnico do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina, Damião Nobre de Medeiros, não tem dúvidas da ação de quadrilhas especializadas. "Pela quantidade que recebemos, existe uma ação organizada em falsificar e vender esses atestados e não me espantaria se essa quadrilha envolver funcionários de hospitais e clínicas", afirmou o médico.

Ele disse que é difícil para um hospital como o Santa Catarina controlar todo o fluxo de formulários. "Somos um hospital grande, não temos como evitar que uma pessoa leve uma folha de formulário. Não há como evitar furtos dentro da empresa", disse Damião Nobre.

Nos últimos seis meses, o hospital já recebeu, pelo menos, 20 atestados médicos com suspeita de falsificação e confirmou a maioria deles. Todos em formulário com timbre da unidade e assinatura de, pelo menos, sete médicos diferentes. Dois deles, sequer pertencem ao corpo clínico do hospital. Em todos os casos as assinaturas não batiam com a verdadeira.

Além disso, em alguns atestados a grafia do texto manuscrito era a mesma, embora os documentos fossem assinados por médicos diferentes. Nos atestados, constavam ainda supostas assinaturas de Carlos Antônio Dantas, Otto Max Barreto Aragão. Na maioria das vezes, o profissional é pego de surpresa e tem que se desdobrar para não ser responsabilizado por um ato que não cometeu.

"Todos esses atestados que chegam aqui no hospital, encaminhados pelas empresas são falsos. Nunca recebi um que não fosse", afirmou o médico gastroenterologista, Damião Nobre. Ele citou várias empresas que solicitaram que o hospital confirmasse a autenticidade de atestados médicos, entre elas, a rede Bompreço, Guararapes, Otoch, Nutrivida e Casa Norte, por desconfiança de que eram falsos. De uma só empresa ele recebeu sete, de uma vez.

Em 2010, o clínico Otto Max foi vítima por cinco vezes de falsificação. Só tomou conhecimento do caso em fevereiro deste ano, quando foi convocado pelo Hospital Santa Catarina, onde também trabalha. "Foi um transtorno. Eu estava em João Câmara, e tive que me deslocar para Natal para reconhecer essas assinaturas. Depois fui prestar queixa, mas terminei desistindo porque perdi muito tempo. Sei que foi um erro, mas não fiz o B.O.".

Carlos Antônio é cirurgião do hospital Santa Catarina. Foi vítima da mesma fraude. No atestado, afirmou, a exemplo de Otton Max, o seguinte: "não é minha assinatura". Comparando as duas assinaturas - a dele e que está no atestado (veja fax-símile) a diferença é gritante. "Além disso, o número do CRM utilizado no atestado não era o meu. As empresas que recebem esses atestados tem a obrigação de investigar", disse ele.

Além de checar a assinatura do médico, a direção confirma se o paciente citado no atestado tem boletim médico registrado. Na maioria dos casos suspeitos, não houve qualquer atendimento. 

Fonte: 
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

domingo, 27 de novembro de 2011

Os preços dos atestados


Preços dos atestados variam entre R$ 20 e 50
Em São Paulo, no início de março, a polícia desmantelou uma quadrilha que vendia atestados médicos. No centro da capital paulista era possível, por 40 reais, comprar atestados e até receitas médicas para remédios controlados. No RN, o esquema não é escancarado como em São Paulo, é discreto, mas existe. Os relatos ouvidos pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE entre os dias 18 e 20/04 também apontam para a existência de pessoas que vendem atestados médicos.

Em Natal e Parnamirim, pode-se comprar atestado médico, por valores que variam de R$ 20,00 a R$ 50,00, de acordo com o número de dias da licença médica. Essas são informações do conhecimento do Cremern e dos departamentos de Recursos Humanos das empresas que denunciaram os casos suspeitos de fraudes. "Uma das pessoas que utilizou atestado falso disse à empresa que comprou por R$ 20,00 no Alecrim", afirmou o presidente do Cremern.

Na Casa Norte, a gerente administrativa Ana Paula Guedes Duavy, também já ouviu o mesmo. No entanto, nenhuma das pessoas que utilizou atestado falso chegou a confirmar o local exato dessa venda. "Quando a gente imprensava mesmo, eles desconversavam. Um deles chegou a dizer que foi abordado, num hospital, por um sobrinho de uma médica, e que o atestado seria R$ 20,00, mas como o rapaz era amigo dele saiu de graça", revelou Ana Paula.

Em 2011, a empresa já comprovou cinco fraudes, envolvendo atestados médicos, com uma demissão por justa causa. Segundo ela, houve crescimento acentuado de atestados suspeitos de fraude, nos últimos seis meses, e as empresas é que estão "pagando a conta". Até porque, muitos casos com indícios de fraudes não são comprovados. Alguns hospitais ajudam na investigação do caso, outros não.  E essa é a maior dificuldade.

Um dos casos em que a fraude foi confirmada o funcionário utilizou um formulário próprio do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina. Esse caso foi registrado na 8ª. Delegacia de Polícia e o funcionário demitido por justa causa. Ana Paula acredita que se os hospitais tivessem uma espécie de Ouvidoria facilitaria a comunicação com as empresas e, com certeza, inibiria esse tipo de fraude, porque os casos seriam acompanhados com mais rigor e agilidade.

Ela citou um caso que chamou atenção na empresa, o de uma funcionária que, em dois meses, apresentou oito atestados médicos (entre 14/01 e 17/03), alguns com elaboração grosseira. Nem todos os atestados dessa funcionária foram confirmados como sendo falsos. Um deles teve a autenticidade confirmada pelo hospital.

Segundo Ana Paula, em algumas situações, como nesse caso, foi possível perceber indícios de que houve ajuda de funcionários do hospital, que era uma unidade privada. "A gente não sabe onde está o esquema - se é o próprio colaborador que falsifica ou se há uma indústria por trás disso -, mas a gente sabe que ele existe", afirmou. 
 
 Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Punição para os fraudadores de documentos médicos



Vejam o que diz a Lei em relação aos falsos atestados e exercício ilegal da medicina:

Art. 299

Falsidade Ideológica

Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular.

Art. 301

Certidão ou Atestado ideologicamente falso

Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano.

§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos

Art. 302

Falsidade de atestado médico

Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:

Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano.

Art. 304

Uso de documento falso

Pena - Cominada à falsificação ou à alteração (até 2 anos)

Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Médicos se surpreendem com uso indevido de CRM





Confira mais um trecho da reportagem de Margareth Grilo sobre as falsificações de documentos médicos:



O cirurgião geral Edmar Montenegro foi vítima de falsificação e foi comunicado pelo próprio Conselho Regional de Medicina. "Tive que ir ao Conselho para reconhecer a assinatura que, para minha surpresa, não era minha. Todos os dados, exceto meu nome, estão errados", contou. Ele também registrou Boletim de Ocorrência e rastreou o beneficiário do atestado.

Teve uma surpresa: era uma nutricionista, funcionária do hospital regional Deoclécio Marques em Parnamirim. "Ela disse ao hospital que tinha comprado na feira de Parnamirim". O atestado entregue por ela em dezembro de 2010 possuía timbre apenas da Prefeitura de Parnamirim e constava nele o CRM 1765. O CMR correto do cirurgião é 1760.

Ele também ingressou com um procedimento junto à Comissão de Ética do Conselho Regional de Nutrição. O médico foi vítima de outros dois casos, em 2009. "Só descobri porque o CRM me chamou pensando que eu tinha falsificado, mas era tudo falso. Nunca atendi em Parnamirim. O pior disso tudo é que hoje com a internet você não tem mais privacidade". 

Segundo a diretora do Hospital Deoclécio Marques, Elisabeth Carrasco, a servidora foi afastada e foi aberto um procedimento administrativo na Secretaria Estadual de Saúde, em fevereiro deste ano. O depoimento de Edmar Montenegro causou espanto a quem estava na Sala de Médicos do Walfredo Gurgel, mas não surpreendeu o ortopedista Edson Borges, que relatou que é vítima da mesma fraude.

No caso dele, a pessoa seria um funcionário do Hospital de São José de Mipibu, que estaria já há mais de dois meses entregando atestados médicos supostamente assinados pelo ortopedista, para justificar ausências no trabalho. O timbre do atestado médico seria do Hospital do Coração. "Eu nunca atendi nesse hospital. Então, a gente fica preocupado", disse.

A direção do hospital de São José teria informado, há dois meses, a direção do Hospital Walfredo Gurgel de que uma pessoa viria a Natal para conversar com o médico e apresentar os atestados médicos suspeitos de fraude, mas até agora nada. "Eu fico sem saber de nada, e isso é muito ruim porque não sei se meu nome continua sendo usado indevidamente".

Quando recebe atestado com indícios de falsificação ou quando é provocada a investigar alguma situação, a direção do hospital Walfredo Gurgel convoca os médicos para o reconhecimento da assinatura e, caso não atestem a fraude, são orientados a fazer uma declaração e registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia, informou a médica Hélida Bezerra. Esse BO pode ser feito em qualquer delegacia distrital.

Nos últimos seis meses, o hospital registrou quatro casos reincidentes. Ela disse ter conhecimento desse caso de Edson, mas não recordava de ter sido procurada, durante o período que estava na direção do HWG pelo Hospital de São José.

O Hospital Regional Deoclécio Marques também vive as duas faces da moeda. Recebe questionamentos quanto à veracidade de atestados médicos e também faz rastreamento. "Quando há suspeita, sempre confirmamos que é falso. Na maioria das vezes, o CRM não confere com o do médico e a assinatura é diferente", disse ela.

A unidade percebeu, nos últimos meses, indícios de fraude em vários atestados, assinados por quatro médicos diferentes. Quando as informações foram checadas todos eram falsos.  "É difícil coibir, vamos adotando providências caso a caso".

Fonte:



http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Atestados Médicos Falsos e Fáceis

Veja a continuação da reportagem  de Margareth Grilo para o Tribuna do Norte:
Esquema fraudulento é alvo de investigação
A facilidade de confeccionar carimbos abre uma larga porta para um crime cada vez mais comum: a falsificação e a venda de atestados médicos. De posse de um carimbo, basta um computador, acesso a internet e uma impressora.  Em minutos cópias e mais cópias de formulários podem ser impressos. O esquema fraudulento é alvo de investigação na Corregedoria do Conselho Regional de Medicina do RN, na Polícia Civil e no Ministério Público Estadual.

No MP, aproximadamente, 40 inquéritos estão em andamento nas seis promotorias criminais. A maioria está em fase de exames grafológicos, realizados no Itep. Segundo o promotor Fernando Vasconcelos, a morosidade da Polícia Civil, no encaminhamento dos atestados para identificar grafia e realizar as oitivas com as partes, termina por dificultar as investigações, acarreta prejuízos e facilita a ação dessas quadrilhas. 
A promotoria Criminal, pela qual responde, tem seis inquéritos instaurados e nenhum finalizado. "A maioria tem mais de um ano e, apesar de não ser uma investigação complexa, a polícia civil não tem concluído os inquéritos com agilidade. Os processos vão e voltam sem que os delegados finalizem", afirmou o promotor. O MP, explicou ele, fica na dependência da finalização desses inquéritos que vão apontar os elementos de prova, para a promoção da ação criminal.

Por isso, acrescentou, não há provas fechadas em relação à raiz desses esquemas fraudulentos - quem falsifica e vende os atestados. "Nós perdemos tempo com a morosidade e terminamos por não identificar o autor da fraude, a origem desses esquemas. Pegamos apenas quem usa o atestado falso", disse o promotor.

Segundo ele, os inquéritos apontam para duas situações: a utilização de atestado falso para justificar ausência no trabalho e a falsificação de receita médica para compra de medicamentos especiais (tarja preta), caso em que as farmácias devem recolher a receita médica, mas o controle ainda é ineficaz.

Na Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) foram instaurados, em 2010, 14 inquéritos policiais para investigar suspeitas de fraude em atestados e receitas médicas. O titular, Iramar Xavier da Cruz, disse que assumiu a delegacia há 30 dias e ainda está se inteirando dos procedimentos instaurados, em torno de 1.900. "Estamos trabalhando nesses processos para remetê-los ao judiciário, e vamos ver quais são as pendências nesses casos dos atestados médicos", informou.

 No Cremern, a Corregedoria recebe, em média, 20 pedidos mensais para confirmação de autenticidade. Todos chegam com indícios claros de falsificação. Para cada denúncia é aberta uma sindicância e o médico é convocado a ir ao Conselho para confirmar se emitiu e assinou o atestado. Em muitos casos, a fraude é comprovada.

"Não tenho dúvida que é uma indústria que falsifica carimbos, formulários e vende esses atestados. Temos pilhas e mais pilhas de processos e toda semana está chegado denúncia", afirmou o presidente do Cremern. Ao comprovar a falsificação do atestado, o médico é orientado a fazer o Boletim de Ocorrência (BO) e levar cópia para o Cremern.

"Nós anexamos o BO ao processo e remetemos para o Ministério Público, a quem cabe propor a ação. É um caso de polícia", explicou Jeancarlo Fernandes, mostrando vários processos endereçados ao MP. Ele lamenta que até agora, a polícia não tenha chegado aos autores das fraudes.

Nas sindicâncias, o Cremern já identificou várias situações de fraude. Tem casos em que os dados estão corretos (nome do médico e CRM), mas o timbre utilizado no atestado é de um hospital, onde o médico nunca trabalhou. Em outra situação, a pessoa utiliza um CRM existente, mas usa um nome fictício ou mesmo de alguém que conhece. Em outros casos, os falsários mesclam o nome de um médico com o CRM de outro.

Na maioria das vezes, acreditam as autoridades, os carimbos e formulários são confeccionados; em outras, chegam a ser furtados de dentro de hospitais e clínicas. Muitas vezes, o médico é vítima de roubo. A maleta, com esses materiais, esta no carro e quem leva fica utilizando, ou repassa para quem está nesses esquemas.

Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

domingo, 20 de novembro de 2011

Carimbos médicos falsos e fáceis



Leia o texto da repórter Margareth Grilo para o Tribuna do Norte do RN:


O atestado médico que abre essa reportagem pode até chamar atenção pelo nome ilustre do paciente: Café Filho. Mas, no geral, não despertaria suspeitas. Ele tem a CID (Classificação Internacional de Doenças) e um carimbo com nome e CRM do médico. Mas é um engano achar que está tudo correto. Não está. O documento, meramente ilustrativo, foi produzido pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, propositalmente, com informações que não são verdadeiras.
Não existe uma médica pediatra Margareth Grilo com CRM 3351. E sim uma jornalista, que assina o documento. E mais: o dono do CRM, impresso no carimbo é o cirurgião torácico, Jeancarlo Fernandes Cavalcante, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern). Ele autorizou o uso de seu número de CRM para que a reportagem pudesse mostrar que não há dificuldades para a fabricação de um carimbo de uso médico.

Não foi difícil comprovar que o carimbo sai, de qualquer jeito, a critério do cliente. Na terça-feira, 19/04, sem apresentar qualquer documento que comprovasse o exercício da medicina, conseguimos comprar, em menos de seis horas, dois carimbos - um no bairro do Alecrim e outro, na Cidade Alta, zona leste de Natal. Tudo sem a menor dificuldade, apenas mediante o pagamento de R$ 33,00. Dos fabricantes, ouvimos a mesma resposta, ao perguntar sobre o que era necessário para fazer o carimbo:
- Não precisa nada. Coloque apenas seu nome e CRM nesse papel.

As encomendas foram feitas às 10h e às 15h30 estávamos de posse de um carimbo assinado como médica pediatra, CRM 3351; e outro como sendo médica neurologista, CRM 1206. Esse último CRM é do médico gastroenterologista Dr. Damião Nobre de Medeiros, diretor técnico do Hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina.

"Não existe qualquer fiscalização e não há, nem mesmo no Código de Ética Médica, algum artigo que estabeleça regras para a confecção desses carimbos. É tudo muito livre, com brecha pra todo tipo de fraude", afirmou o médico Damião Nobre, o primeiro a alertar sobre a vulnerabilidade dos médicos nesse aspecto.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com uma das lojas fabricantes de carimbo e a gerência informou, por e-mail, que não exige nenhum documento para a confecção dos carimbos, por não haver legislação que estabeleça essa obrigatoriedade. Em 90% dos casos, os clientes já chegam com texto pré-escrito e já sabe o que querem, segundo a nota enviada.

O ideal, segundo o presidente do Cremern, é que exista um controle sobre a emissão de carimbos de médico, por meio de lei estadual. "É importante que se obrigue quem faz carimbo a cobrar documentação, uma identificação profissional", disse Jeancarlo Fernandes. Ele adiantou que o Cremern vai procurar a bancada estadual da Frente Parlamentar de Saúde para propor projeto de lei nesse sentido.

Ao entrevistar o delegado titular da Especializada em Falsificações e Defraudações, Iramar Xavier da Cruz, às 11h30 da quarta-feira, 20/04, a reportagem fez a entrega dos dois carimbos confeccionados. Um termo foi lavrado pelo investigador de polícia, Jairo de Souza Severo, que recebeu o material.
Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atenção! Seu CRM pode estar sendo utilizado ilegalmente.


 Não é novidade que os profissionais de saúde estão vulneráveis a terem seu nome e registro profissionais utilizados ilegalmente e sem seu consentimento para emissão de atestados e documentos falsos.

Tenho inúmeros relatos de colegas médicos que já passaram pela situação de ter que ir ao CRM verificar se alguns atestados e documentos médicos suspeitos emitidos em seu nome são realmente autênticos.

Há quanto tempo isso já ocorre? Por quanto tempo mais estaremos expostos a esta situação? Onde estão nossas entidades representativas e sindicatos profissionais que não desenvolvem estratégias que protejam nosso nome e nosso registro profissional? Por quanto tempo ainda ficaremos emudecidos sem cobrar atitudes que minimizem esses casos? 

Enquanto nossas anuidades do registro profissional sofrem reajustes anuais e em dez anos sofreu um aumento em mais de 100% (veja postagem - Anuidades dos conselhos profissionais são irregulares), ficamos a mercê de criminosos que utilizam nossos nomes e registros profissionais ilegalmente. Devemos cobrar de nossas entidades representativas e dos órgãos que regulamentam o exercício de nossa profissão o desenvolvimento de estratégias que nos protejam, como a validação de atestados e documentos médicos através de um selo individual para cada profissional emitido pelo CRM, ou através de um carimbo de alto relevo ou chancela (imagem abaixo) que ficaria em cada Hospital para utilização exclusiva dos profissionais de saúde.

Estratégias para coibir esse tipo de crime existem. O que não existe é a iniciativa das entidades responsáveis.

Devemos sair da passividade e exigir que atitudes sejam tomadas para que as mudanças necessárias sejam feitas.


Doutor X

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Políticas de Saúde no Brasil

O documentário "POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Um século de luta pelo direito à saúde" conta a história das políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira, destacando os mecanismos que foram criados para sua implementação, desde as Caixas de Aposentadorias e Pensões até a implantação do SUS.
 
 

domingo, 13 de novembro de 2011

Será a mudança da Saúde no Brasil?

Vejam os pronunciamentos da Presidenta Dilma em relação ao lançamento de programas de Saúde Pública:



Torço para que este novo passo rumo à evolução da saúde pública em nosso país seja seguido de uma trilha de passos para uma boa qualidade de vida da população brasileira.

A presidenta Dilma tomou para si, para seu governo, o papel de tomar as rédeas de uma carruagm desgovernada que é a saúde no Brasil, que em governos anteriores vinha sendo “empurrada com a barriga” para governos posteriores.
Claro que este tipo de atitude vem de uma urgência agonizante da situação atual da saúde pública no Brasil, mas sempre é necessário alguém que encare de frente suas batalhas, por mais difíceis que elas possam parecer.
Estrategicamente correta a atitude de tomar como parceria a estrutura dos serviços privados de saúde. Pois, se o serviço público está com uma estrutura sucateada e encontra-se em um déficit de investimentos que ultrapassa décadas devido à má gestão do dinheiro público, nada mais inteligente que utilizar em parceria a estrutura dos serviços privados, que sem dúvida possuem uma estrutura auxiliar importantíssima para conseguir absorver uma demanda reprimida de atendimentos e de realização de exames e procedimentos necessários para a resolução rápida de muitos casos.
Afinal, se o almejado é a oferta de serviços de qualidade, é imprescindível que esse serviço seja de fácil acesso e seja rápido e eficaz na resolução de seu problema, sem esbarrar em trâmites burocráticos que atravancam a evolução dos serviços de saúde.
Certamente é necessária uma fiscalização contínua através dos serviços de auditoria permanente, mas há que se atentar que atualmente, com a tecnologia que temos à nossa disposição, pode-se fazer isso de uma forma mais rápida e mais fácil, agilizando com segurança alguns trâmites burocráticos desnecessários.
Sabemos que sustentar uma estrutura de saúde de dimensões continentais requer vultosos recursos financeiros, mas com o que já temos pode-se fazer muito mais, como salientado pela presidenta, basta que haja uma estrutura logística organizada que sirva como base para o direcionamento do orçamento, e rigor na fiscalização quanto ao destino correto dos recursos.
Sabemos também, que a moralização da política brasileira e a exorcização da corrupção nesse país não se darão de uma hora para outra. Gestores egoístas que pensam mais em seu próprio bem-estar individual que no bem-estar coletivo, ainda conseguem manter-se em seu pedestal sustendados pela antiga e eficaz política do pão e circo e pelo curral eleitoral. Por isso faz-se tão necessária uma fiscalização rigorosa e punições exemplares para que os infratores corruptos nem pensem em desviar os recursos destinados à cura ou ao alívio do sofrimento físico de nossa população para seus próprios bolsos, malas ou meias.

Excelente ainda a iniciativa dos incentivos aos profissionais recém-formados para o trabalho nas áreas mais necessitadas. Além de extender o acesso da população aos serviços de saúde, irá proporcionar a esses profissionais que se dispuserem a esse trabalho, uma oportunidade de vivência e crescimento profissionais essenciais para a formação de profissionais humanistas com uma visão realista acerca das necessidades de saúde em nosso país.

Torçamos para que estas iniciativas criem raízes na estrutura da saúde pública do Brasil e proporcionem o desenvolvimento de um serviço que merecemos e pelo qual pagamos tão caro ao longo de tantos anos.

Doutor X


Saúde na Paraíba

Vejam como anda a Saúde Pública no Estado da Paraíba.





segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Serviços de Saúde precários no Brasil

Mais exemplos sofríveis do descaso com a saúde pública no Brasil.
E ainda querem voltar com a cpmf.
Deprimente o relato da paciente que diz se sentir um lixo, internada no corredor do Hospital, com toda razão ela questiona o desvio do dinheiro público, que poderia ser aplicado nos Serviços de Saúde.
Nem material para sutura havia no hospital, um absurdo.
Os governantes ainda alegam que só tem dinheiro para pagar os médicos e enfermeiros (muito mal, diga-se de passagem). Mas do que adianta ter médicos trabalhando se não há material de trabalho nem infra-estrutura? Afinal somos milagreiros? Podemos curar com as próprias mãos? Claro que não. Querem nos colocar em serviços de saúde caóticos, com um estetoscópio na mão, para sermos salvadores? Impossível.

Confira abaixo a reportagem:

domingo, 16 de outubro de 2011

Mais um protesto da classe médica

O protesto dos médicos tem forte valor simbólico para a área da saúde. Ele acontece no mês em que o SUS comemora 23 anos e às vésperas da 14ª Conferência Nacional de Saúde, prevista para acontecer entre 14 e 18 de novembro, em Brasília, quando milhares de representantes da sociedade discutiram propostas para o setor.
 
Um ponto importante nesse processo e que contribuirá para o sucesso do protesto dos médicos é o apoio declarado dos prestadores de serviços hospitalares. A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) declarou, em assembleia geral, apoio à mobilização dos médicos.  “Peço [...] apoio necessário ao movimento, considerando as particularidades de sua região, para que sejam alcançadas repercussão positiva nas negociações e na qualidade de atendimento no SUS”, afirmou o presidente da CMB, José Reinaldo Nogueira de Oliveira Junior, em documento enviado às entidades médicas.
   
Fonte: 
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22274:medicos-do-sus-vao-protestar-contra-as-mas-condicoes-de-assistencia-e-a-baixa-remuneracao&catid=3

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Esses são os serviços de saúde do Brasil

Mais um exemplo da má gestão do dinheiro público direcionado aos serviços essenciais como a saúde. A politicagem e a corrupção são os piores vírus. Matam mais que todas as doenças infecciosas. Deixam mais sequelas que os acidentes vasculares.

Confira abaixo mais uma reportagem que expõe o precário serviço de saúde pública pelo qual pagamos caro, com todas as taxas e impostos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Caos na saúde

Assista ao  Profissão Repórter, muito bem conduzido pelo jornalista Caco Barcelos, onde é exposta a calamitosa situação da saúde no Brasil.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais protesto contra os planos de saúde

Em 21 de setembro, médicos de todo o país participarão de um protesto contra os planos de saúde. Dessa vez, o alvo serão as operadoras que se recusaram a negociar a revisão dos honorários ou que apresentaram propostas consideradas irrisórias. A paralisação de 24 horas ocorrerá em nível nacional, sendo um desdobramento direto do ato de 7 de abril, quando houve mobilização nacional dos médicos  contra os problemas observados na saúde suplementar.
Nos estados, as Comissões de Honorários Médicos – integradas por representantes de diferentes entidades em nível local -, já trabalham pela definição dos planos-alvo do protesto de setembro.  A escolha será feita com base no desempenho das negociações no âmbito estadual, sendo que uma lista com as empresas selecionadas será divulgada uma semana antes do protesto entre os médicos da região.
Na data, os médicos trabalharão normalmente. A única diferença é que apenas as consultas e procedimentos dos planos de saúde que não aceitaram negociar com a categoria serão suspensos durante 24 horas. Casos de urgência e emergência não serão atingidos pela medida, sendo que os profissionais procurarão também avisar com antecedência os pacientes sobre o protesto. As remarcações dos atendimentos serão feitas pelas empresas.

Reunião - Na primeira semana de setembro, representantes de conselhos regionais de medicina, de sindicatos médicos, e de associações e sociedades de especialidades se encontrarão em Brasília, na sede do CFM, para acertar os detalhes da manifestação. “Em abril, nos alertamos às operadoras sobre a importância da negociação. Várias delas entenderam nosso pleito. Contudo, outras tantas não fizeram sua parte. Por isso, o médico vai protestar e mostrar a cada uma delas sua insatisfação”, afirma o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Aloísio Tibiriçá Miranda, também 2º vice-presidente do CFM.
Os médicos exigem das operadoras a revisão dos valores pagos por consultas e outros serviços, tendo como parâmetro e referencia a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Também cobram o fim da interferência anti-ética das operadoras na autonomia do profissional.  No entanto, a reorganização da própria assistência suplementar também está na pauta dos profissionais.
Legislação – A Comissão de Saúde Suplementar se reuniu em 23 de agosto para analisar e apresentar contribuições ao trabalho em desenvolvimento no âmbito da Câmara dos Deputados com o objetivo de definir novo marco legal para a saúde suplementar no país, o que pode contribuir para o aperfeiçoamento da assistência, a maior transparência da gestão dessas empresas e eliminar distorções na relação com usuários e profissionais.
As propostas elaboradas pelas entidades médicas serão apresentadas à Subcomissão Especial criada para avaliar o sistema que se criou em torno dos serviços prestados pelas operadoras e seguradoras de saúde suplementar. O relator do grupo é o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que pretende analisar todas as sugestões encaminhadas, sendo que elas poderão ser incorporadas ao relatório preliminar, previsto para ficar pronto até 15 de setembro.

Fonte:
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22104:protesto-contra-planos-sera-em-21-de-setembro&catid=3

Confira o vídeo abaixo:

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Medicina e seu papel social

Certamente temos um papel social, como cidadãos e como profissionais. Devemos cobrar das autoridades competentes a execução dos serviços de saúde de uma forma eficaz e contínua, sem interrupções por supostas faltas de verba e sem sobrecargas nos serviços para a geração de números.
Devemos, além disso, criar estratégias eficazes de fazer com que nosso conhecimento e potencial de auxílio chegue aos mais longínquos e inacessíveis pontos deste país.

Vivemos na era da internet, onde é mais fácil ter acesso ao Google do que ter a orientação de um profissional de saúde. Por que não utilizarmos essa ferramenta tão poderosa e tão acessível para tentar minimizar o sofrimento de pessoas que não tem acesso ao sistema de saúde? Por que não regulamentar e criar uma forma de teleatendimento eficaz e não simplesmente baní-lo como fez o CFM? Chegamos a um ponto evolutivo onde decisões equivocadas de proibição já não têm tanta força e podem ser invalidadas ante uma mobilização com início nas redes sociais. Não podemos simplesmente, por comodismo ou por uma falsa sensação de segurança, fechar os olhos ante as possibilidades que se agigantam ao incorporarmos as maravilhas tecnológicas virtuais em nossa profissão.

Deve-se enxergar na internet uma possibilidade de aprofundamento da relação médico-paciente. Pensem no seguinte exemplo: Se uma paciente que eu já conheço e acompanho a tempos tiver a necessidade de um contato para esclarecimentos ou ajustes terapêuticos, é muito mais fácil que esse contato seja via internet e com as possibilidades que ela proporciona.
Não podemos ser taxativos, em decisões como esta, sem que sejam exploradas todas as possibilidades de uma forma criativa e que proporcione uma evolução na relação médico-paciente.

A entidade representativa de nossa profissão não deveria tomar atitudes retrógradas como alguns itens da resolução n. 1.974/2011. Além disso, toda e qualquer resolução que nos represente e que envolva os interesses de nossa classe deveria ser amplamente discutida e ouvidos todos os interessados (nós os profissionais médicos), e não impostas por uma cúpula hierarquizada. A internet e as redes sociais podem ser ferramentas democráticas para que possamos juntos construir resoluções que protejam e beneficiem os profissionais médicos e a sociedade que se utiliza de nossos serviços. É perfeitamente evitável a imposição de resoluções anacrônicas se ouvirmos mais uns aos outros, se tentarmos entender o outro e seus pontos de vista.

Ouvir, este é outro aspecto importante a ser abordado. Já não temos mais tempo nem de ouvir direito nossos próprios pacientes, quem dirá ouvirmos nossos colegas de profissão. E é por conta deste autoesclausuramento que nossas condiçoes de trabalho tornaram-se o que são hoje. Decadentes. Se nos unirmos, expormos nossos relatos de aberrações administrativas na saúde que presenciamos cotidianamente, e pararmos para ouvir uns aos outros, poderemos revolucionar nosso sistema de saúde.

Não precisamos ser escravos de um sistema público de saúde sucateado e sobrecarregado. Não precisamos ser reféns dos sistemas privados de planos de saúde superfaturados, que engordam seus cofres às custas de mensalidades abusivas de pessoas idosas e da mão de obra barata do jaleco branco. Temos em nossas mãos o poder de mudar esta realidade. Temos em nossas mentes o potencial de criar e suplantar estratégias obsoletas de oferta de nossos serviços. E devemos ter em nossos corações a coragem de levar, seja de que forma for, um alívio ao sofrimento de nossos doentes, já que esta é principal função de nossa profissão.

Doutor X

Para quem quiser inteirar-se mais sobre a resolução do CFM n. 1.974/2011 Ela está disponível no link abaixo:


sábado, 27 de agosto de 2011

Modernidade proibida


Conselho Federal de Medicina bane internet e teleatendimento

Enquanto o mundo caminha para a telemedicina, o teleatendimento e a possibilidade de que sensores monitorem continuamente os pacientes e enviem resultados para seus médicos pelo telefone celular, o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu adotar uma postura absolutamente conservadora.
Em sua resolução nº 1.974/2011, publicada no Diário Oficial da União nesta sexta- feira, o órgão detalha os critérios que devem ser observados na elaboração de anúncios e no relacionamento dos médicos "com a imprensa e a sociedade", o que inclui os pacientes.
E a internet, as redes sociais e outras formas de interação modernas, como os celulares, são praticamente descartados desse relacionamento médico-paciente.

Telessaúde
Inúmeras pesquisas e desenvolvimentos trabalham no sentido contrário, permitindo, por exemplo, que a assistência médica de alta qualidade possa chegar a localidades onde não existem médicos. O próprio Governo Federal possui um programa desse tipo, chamado Programa Telessaúde Brasil.

Em São Paulo, o programa Telemedicina para Diabéticos está divulgando o atendimento dos pacientes pela internet. E a Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo um projeto que permite que os aparelhos auditivos sejam ajustados pela internet.

Na Califórnia, Estados Unidos, já está em testes um sistema de teleconsultas para atender pacientes psiquiátricos pela internet. Aqui no Brasil, o esforço é no uso das redes sociais para prevenir o uso de drogas, o que sempre exige um acompanhamento especializado "por trás da internet".

Medicina à distância
Segundo o próprio órgão, o grande destaque da medida é "a proibição de assistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo) [e] a vedação ao anúncio de determinados títulos e certificados" obtidos em cursos feitos pelo médico.
Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não poderá nem mesmo divulgar endereço e telefone do seu consultório ou clínica.
A nova resolução proíbe expressamente que médicos e instituições médicas ofereçam serviços de teleatendimento a pacientes e familiares, o que inclui os atendimentos realizados pela internet ou por telefone.

Visão holística
Outra medida questionável é um reforço ao aspecto de especialidade do médico.
Enquanto os maiores cientistas da área falam em "medicina holística", ou "medicina sistêmica", em que o paciente deve ser visto como um todo, incluindo suas questões psicológicas e até religiosas, a resolução reforça a visão do homem como um amontoado de órgãos - e, para o CFM, não parece razoável que um médico entenda de mais do que um órgão.

Assim, fica proibida a divulgação pelo médico de qualquer título, incluindo diplomas de pós-graduação, que não digam respeito especificamente à sua especialidade. Aparentemente, não se aceita a existência de médicos "especialistas em seres humanos".
Embutida nessa decisão está uma desconsideração de um fenômeno crescente e já detectado pela comunidade científica: pacientes bem-informados, graças sobretudo à internet, não enxergam mais o médico como "o especialista", um ser etéreo que teria todas as respostas sobre a sua pretensa especialidade e, respaldado naqueles diplomas específicos, um poder de decisão completo e cabal sobre o tratamento e a vida do paciente - os pacientes querem, cada vez mais, participar do processo de tratamento.

Inovação reprimida
A inovação dos profissionais também é coibida no item que veda a divulgação de "método ou técnica não aceito pela comunidade científica" - sem precisar como se avalia a aceitação pela comunidade científica.
Todos os tratamentos inovadores encontram adeptos e, via de regra, uma grande resistência por parte da maioria dos médicos, afetos a permanecerem com as velhas práticas, muitas vezes pressionados pela aquisição de aparelhos caros em suas clínicas e hospitais, que não podem ser deixados de lado da noite para o dia.
Só no município do Rio de Janeiro, um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz listou mais 70 terapias alternativas praticadas por médicos.
E, na maior pesquisa já realizada até hoje sobre o tema, cientistas demonstram que os futuros médicos querem aprender mais sobre terapias alternativas e complementares.
A decisão é extensiva aos hospitais, clínicas, sociedades médicas, sindicatos e outras instituições médicas, e começará a valer dentro de 180 dias da data de sua publicação.

Lado positivo
Mas a nova Resolução também traz avanços que realmente caminham no sentido de proteger a população e os pacientes.
Por exemplo, fica proibida a exposição de imagens de pacientes em peças publicitárias, mesmo que o médico obtenha autorização expressa do paciente. A única exceção é, "quando imprescindível", o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos, para apresentação para outros médicos.
Na divulgação de tratamentos, também fica proibida a divulgação de representações visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças ou por tratamentos.
Médicos e instituições médicas também não poderão mais anunciar a utilização de aparelhos cujo uso lhe deem capacidade privilegiada ou que faça uso de técnicas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional que elejam "médico do ano", "profissional destaque" ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos oferecidos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.
Nas entrevistas, é proibida a autopromoção, o que inclui a divulgação de endereço e telefone do consultório, por exemplo. O médico também não poderá abordar assuntos médicos de modo sensacionalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranquilidade na sociedade.
Infelizmente, a resolução mescla posturas antagônicas, unindo proteção necessária e elogiável aos pacientes, com uma "proteção dos pacientes" contra os avanços da ciência, da tecnologia e da medicina que, via regra, já apresentam muitas áreas de convergência.

Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Gêmeos morrem por falta de leitos na UTI da Santa Casa

Fonte: Portal ORM

Uma médica da Santa Casa foi detida, na manhã desta terça-feira (23), acusada de omissão de socorro. Ela teria negado atendimento a uma mulher grávida de gêmeos. Os bebês morreram. Um deles teria nascido em uma viatura do Corpo de Bombeiros na porta do hospital. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil. A Santa Casa nega a omissão no atendimento e diz que a médica não recebeu a paciente por falta de leito na UTI neonatal do hospital. A assessoria da Santa Casa também nega que ela tenha sido detida. Segundo a Santa Casa, a médica se apresentou na delegacia espontaneamente.

Segundo informou o Ciop, a mulher, que faria tratamento de pré-natal na Santa Casa de Misericórdia, teria vindo de Outeiro, onde mora, por volta das 4h da manhã, com fortes dores e procurado atendimento primeiramente na Santa Casa. Com a negativa, ela teria se dirigido ao Hospital das Clínicas. 'Como os médicos se recusaram a atendê-la nos dois hospitais, o marido dela acionou os Bombeiros através do Ciop e pediu apoio', explicou a capitã Mônica Figueiredo.

Segundo a oficial, os bombeiros só souberam que a paciente já vinha da Santa Casa, onde teria tido atendimento negado, quando chegaram no HC. De lá, decidiram retornar ao primeiro hospital, onde a mulher teve, novamente, o atendimento negado. 'Não deixaram que a nossa viatura entrasse no hospital e um dos nossos oficiais ficou cerca de vinte minutos tentando convencer a médica a atendê-la. Quando percebeu, a mulher já estava tendo um dos bebês dentro da viatura', contou Figueiredo.

Ainda segundo ela, o primeiro bebê nasceu morto e, depois disso, a médica do plantão, Cíntia L., teria decido apela internação da mulher, que teria perdido o segundo bebê em seguida. Foi então que policiais militares que acompanhavam a ocorrência deram voz de prisão à médica e a encaminharam à seccional do Comércio.

Outro lado - Em entrevista coletiva na manhã de hoje a presidente da Santa Casa, Maria do Carmo Lobato, negou que a obstetra do plantão tivesse negado atendimento a paciente Vanessa do Socorro Costa. Segundo ela, tudo não passou de um mal entendido. Vanessa estava grávida de 30 semanas, era paciente do hospital, mas segundo Lobato, não fazia pré-natal lá.

A médica teria explicado aos bombeiros que não podia receber mais uma paciente porque o hospital estava superlotado, sem vagas na UTI de neonatologia. 'Mas o bombeiro entendeu que ela não estava querendo atendê-la e deu voz de prisão à médica', explicou. A questão da superlotação, segundo Lobato, já teria inclusive sido informada às secretarias municipal e estadual de saúde.

A presidente do órgão falou da gravidade da situação de leitos na UTI neonatal. 'Hoje temos 123 recém nascidos de alto risco, mas a nossa capacidade é de 107. Então estamos realizando um trabalho sobre-humano para atender essa demanda', desabafou.

Desde a última sexta-feira, a Santa Casa têm restringido o acesso de pacientes que ainda não completaram 9 meses de gestação, ou seja, estão em gestação de risco.  Ainda segundo a presidente da fundação, a paciente teve atendimento. O parto foi realizado, mas os bebês nasceram mortos. Vanessa ainda está internada com quadro estável e recebe todo o atendimento necessário.

Os corpos dos bebês foram encaminhados ao Centro de Perícias Renato Chaves, onde devem passar por necropsia.Sobre a médica, a presidente da fundação explicou que ela e a enfermeira do plantão não foram presas, mas se apresentaram espontaneamente na delegacia, acompanhadas de advogados da Santa Casa.

A direção da Santa Casa informou que vai abrir procedimento administrativo para apurar o caso. Mas a médica não será afastada, porque, a fundação acredita que ela não cometeu nenhum crime, estava apenas realizando seu trabalho. 'É uma injustiça esse mal entendido', declarou Lobato.

Assista ao vídeo da reportagem do JL TV no link abaixo:
http://www.orm.com.br/2009/noticias/default.asp?id_noticia=549358&id_modulo=388
Abaixo, a reportagem do RBA TV:


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Justiça proíbe médicos de boicotar planos de saúde

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou liminar judicial que permitia o boicote de médicos a planos de saúde. Medidas adotadas pelo governo em maio impedem que os médicos vinculados a planos de saúde cobrem valores adicionais de consultas ou façam paralisações. Entretanto, uma liminar obtida pela classe médica na Justiça havia anulado os efeitos das determinações do governo.
O boicote médico feito em abril deste ano resultou na paralisação de várias atividades, e somente os casos graves foram atendidos. Os médicos também cobraram valor adicional para atenderem pacientes de planos de saúde. A ação resultou em um processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para condenar entidades de classe que estimulavam a adoção de uma tabela única pelos profissionais. Atualmente, respondem a processo administrativo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
O desembargador que anulou a liminar afirmou que as práticas abusivas, mesmo na área de saúde, têm de ser coibidas pelo órgão de defesa da concorrência. Com a decisão, volta a valer multa de R$ 50 mil por dia caso haja novo boicote no atendimento à população.

Fonte:
http://www.conjur.com.br/2011-ago-04/trf-anula-decisao-permitia-boicote-medico-aos-planos-saude


domingo, 14 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Cientistas brasileiros

Apesar de toda a deficiência nos incentivos à pesquisa neste país, os cientistas brasileiros avançam rumo à evolução da medicina.
Veja esta reportagem:


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Problemas do Atendimento dos Planos de Saúde


A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou requerimento que solicita a realização de audiência pública para discutir os problemas do atendimento aos usuários de planos de saúde. De acordo com dados divulgados pela mídia, as queixas contra os planos de saúde mais que dobraram nos últimos seis meses.
É grande o descaso dos planos de saúde com a qualidade do atendimento aos seus usuários.  Há mais de dez anos que as queixas contra os planos de saúde lideram a lista de reclamação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). As denúncias mais frequentes estão relacionadas à negativa de cobertura; em seguida, as reclamações sobre a existência de cláusulas contratuais abusivas; e, em terceiro lugar, vem o aumento injustificado das mensalidades. “Nós, parlamentares da Comissão de Defesa do Consumidor, não podemos deixar essa situação sem solução. Temos que procurar, juntos com os órgãos envolvidos, um meio de proteger o direito do consumidor”, destacou Valadares Filho.

O descaso dos planos de saúde no que diz respeito ao atendimento dos usuários com a qualidade e prontidão necessárias é grande.  Mesmo com a pressão de clientes e médicos para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aumente a fiscalização, o problema persiste e as queixas contra os planos de saúde continuam aumentando.  Somente no primeiro bimestre, foram realizados 28.318 registros de reclamações.  
 
Serão convidados para audiência pública, que deve ocorrer dentro de alguns dias, representantes de entidades de defesa do consumidor, de representantes das operadoras de saúde e da direção da ANS. “Queremos prestar esclarecimentos à sociedade sobre os procedimentos de fiscalização que estão sendo adotados para solucionar esse grave problema”.

Fonte:

Há mais de uma década persiste a insatisfação com os atuais serviços de saúde privada. Por quantos anos mais precisaremos conviver com tanta inércia frente aos fatos mais evidentes? Urge a surgência de uma nova estratégia de oferta de serviços em saúde. Freedom.

sábado, 23 de julho de 2011

Audiência pública mostra insatisfação de médicos com planos de saúde no Ceará





Fonte: globo.com

Defasagem de valores pagos aos médicos pelas operadoras dos planos de saúde é discutida em audiência pública.
Assista ao vídeo da reportagem no link abaixo:


Até quando teremos que ficar nesta guerra de braço? Será necessário tanto desgaste? O atual sistema de oferta de serviços de saúde está ultrapassado. Tudo evolui. Novas estratégias precisam surgir.
Brevemente os senhores conhecerão um sistema de oferta de serviços de saúde que proporcionará liberdade para os usuários e prestadores de serviço em saúde. Freedom.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Debate sobre impasse entre planos de saúde e hospitais


As comissões do Consumidor e de Seguridade Social e Saúde realizou audiência pública para discutir a falta de atendimento aos usuários do plano de saúde por parte dos hospitais.
Fernando Hugo, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, afirmou que os planos de saúde, sobretudo a Unimed Fortaleza, e a rede hospitalar particular não chegaram a um acordo. Segundo ele, os administradores das unidades de saúde reclamam da tabela defasada e da falta de reposição das perdas inflacionárias, problema que pode comprometer a prestação dos serviços aos usuários do plano. Informou que há 400 mil usuários da Unimed na Capital, que, uma vez paralisados os atendimentos, terão que se dirigir aos hospitais públicos. Segundo ele, as condições de trabalho estão se precarizando e muitos exames estão sendo proibidos pelos planos, limitando a amplitude do atendimento.
“Os planos de saúde fazem maltratos com os usuários e médicos. Há diversas situações vexatórias em postos de atendimento de emergência e urgência”, avaliou.
Médicos
Hugo frisou que a categoria pede reajuste dos valores pagos pelos procedimentos, mas não é essa a única causa do descontentamento dos médicos.
“São 160 mil médicos que trabalham, atendendo a uma população de mais de 42 milhões de usuários. Porém, há inúmeros casos que este atendimento deixa a desejar pelos limites de exames e procedimentos impostos pelas empresas”, disse.
Segundo observou, há casos que os limites dos planos de saúde chegam a colocar vidas em risco. Como exemplo, citou o caso de uma amiga que foi forçada a assinar um cheque de R$ 18 mil porque o plano não permitia o indispensável uso de um cateter para um procedimento trombolítico de emergência. Ele pediu que a Agência Nacional da Saúde Suplementar faça fiscalização direta nos planos de saúde.
”Estamos explicando para os usuários a extensão dos planos de saúde. Não há mais UTIs em número suficiente, porque não se fez uma programação de crescimento do atendimento. Vendeu-se planos demais, além das condições de atendimento dos serviços do plano”, criticou.
Convidados
Entre os convidados para a audiência, estão a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Ceará (OAB-CE), Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), Decon e planos de saúde de Fortaleza.

Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa