Preços dos atestados variam entre
R$ 20 e 50
Em São Paulo, no início de março, a polícia
desmantelou uma quadrilha que vendia atestados médicos. No centro da
capital paulista era possível, por 40 reais, comprar atestados e até
receitas médicas para remédios controlados. No RN, o esquema não é
escancarado como em São Paulo, é discreto, mas existe. Os relatos
ouvidos pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE entre os dias 18 e 20/04
também apontam para a existência de pessoas que vendem atestados
médicos.
Em Natal e Parnamirim, pode-se comprar atestado médico, por valores que variam de R$ 20,00 a R$ 50,00, de acordo com o número de dias da licença médica. Essas são informações do conhecimento do Cremern e dos departamentos de Recursos Humanos das empresas que denunciaram os casos suspeitos de fraudes. "Uma das pessoas que utilizou atestado falso disse à empresa que comprou por R$ 20,00 no Alecrim", afirmou o presidente do Cremern.
Na Casa Norte, a gerente administrativa Ana Paula Guedes Duavy, também já ouviu o mesmo. No entanto, nenhuma das pessoas que utilizou atestado falso chegou a confirmar o local exato dessa venda. "Quando a gente imprensava mesmo, eles desconversavam. Um deles chegou a dizer que foi abordado, num hospital, por um sobrinho de uma médica, e que o atestado seria R$ 20,00, mas como o rapaz era amigo dele saiu de graça", revelou Ana Paula.
Em 2011, a empresa já comprovou cinco fraudes, envolvendo atestados médicos, com uma demissão por justa causa. Segundo ela, houve crescimento acentuado de atestados suspeitos de fraude, nos últimos seis meses, e as empresas é que estão "pagando a conta". Até porque, muitos casos com indícios de fraudes não são comprovados. Alguns hospitais ajudam na investigação do caso, outros não. E essa é a maior dificuldade.
Um dos casos em que a fraude foi confirmada o funcionário utilizou um formulário próprio do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina. Esse caso foi registrado na 8ª. Delegacia de Polícia e o funcionário demitido por justa causa. Ana Paula acredita que se os hospitais tivessem uma espécie de Ouvidoria facilitaria a comunicação com as empresas e, com certeza, inibiria esse tipo de fraude, porque os casos seriam acompanhados com mais rigor e agilidade.
Ela citou um caso que chamou atenção na empresa, o de uma funcionária que, em dois meses, apresentou oito atestados médicos (entre 14/01 e 17/03), alguns com elaboração grosseira. Nem todos os atestados dessa funcionária foram confirmados como sendo falsos. Um deles teve a autenticidade confirmada pelo hospital.
Segundo Ana Paula, em algumas situações, como nesse caso, foi possível perceber indícios de que houve ajuda de funcionários do hospital, que era uma unidade privada. "A gente não sabe onde está o esquema - se é o próprio colaborador que falsifica ou se há uma indústria por trás disso -, mas a gente sabe que ele existe", afirmou.
Em Natal e Parnamirim, pode-se comprar atestado médico, por valores que variam de R$ 20,00 a R$ 50,00, de acordo com o número de dias da licença médica. Essas são informações do conhecimento do Cremern e dos departamentos de Recursos Humanos das empresas que denunciaram os casos suspeitos de fraudes. "Uma das pessoas que utilizou atestado falso disse à empresa que comprou por R$ 20,00 no Alecrim", afirmou o presidente do Cremern.
Na Casa Norte, a gerente administrativa Ana Paula Guedes Duavy, também já ouviu o mesmo. No entanto, nenhuma das pessoas que utilizou atestado falso chegou a confirmar o local exato dessa venda. "Quando a gente imprensava mesmo, eles desconversavam. Um deles chegou a dizer que foi abordado, num hospital, por um sobrinho de uma médica, e que o atestado seria R$ 20,00, mas como o rapaz era amigo dele saiu de graça", revelou Ana Paula.
Em 2011, a empresa já comprovou cinco fraudes, envolvendo atestados médicos, com uma demissão por justa causa. Segundo ela, houve crescimento acentuado de atestados suspeitos de fraude, nos últimos seis meses, e as empresas é que estão "pagando a conta". Até porque, muitos casos com indícios de fraudes não são comprovados. Alguns hospitais ajudam na investigação do caso, outros não. E essa é a maior dificuldade.
Um dos casos em que a fraude foi confirmada o funcionário utilizou um formulário próprio do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina. Esse caso foi registrado na 8ª. Delegacia de Polícia e o funcionário demitido por justa causa. Ana Paula acredita que se os hospitais tivessem uma espécie de Ouvidoria facilitaria a comunicação com as empresas e, com certeza, inibiria esse tipo de fraude, porque os casos seriam acompanhados com mais rigor e agilidade.
Ela citou um caso que chamou atenção na empresa, o de uma funcionária que, em dois meses, apresentou oito atestados médicos (entre 14/01 e 17/03), alguns com elaboração grosseira. Nem todos os atestados dessa funcionária foram confirmados como sendo falsos. Um deles teve a autenticidade confirmada pelo hospital.
Segundo Ana Paula, em algumas situações, como nesse caso, foi possível perceber indícios de que houve ajuda de funcionários do hospital, que era uma unidade privada. "A gente não sabe onde está o esquema - se é o próprio colaborador que falsifica ou se há uma indústria por trás disso -, mas a gente sabe que ele existe", afirmou.
Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329
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