Em 6 meses, hospital
confirmou a falsificação de 20 documentos
O diretor técnico do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina, Damião Nobre de Medeiros, não tem dúvidas da ação de quadrilhas especializadas. "Pela quantidade que recebemos, existe uma ação organizada em falsificar e vender esses atestados e não me espantaria se essa quadrilha envolver funcionários de hospitais e clínicas", afirmou o médico.
Ele disse que é difícil para um hospital como o Santa Catarina controlar todo o fluxo de formulários. "Somos um hospital grande, não temos como evitar que uma pessoa leve uma folha de formulário. Não há como evitar furtos dentro da empresa", disse Damião Nobre.
Nos últimos seis meses, o hospital já recebeu, pelo menos, 20 atestados médicos com suspeita de falsificação e confirmou a maioria deles. Todos em formulário com timbre da unidade e assinatura de, pelo menos, sete médicos diferentes. Dois deles, sequer pertencem ao corpo clínico do hospital. Em todos os casos as assinaturas não batiam com a verdadeira.
Além disso, em alguns atestados a grafia do texto manuscrito era a mesma, embora os documentos fossem assinados por médicos diferentes. Nos atestados, constavam ainda supostas assinaturas de Carlos Antônio Dantas, Otto Max Barreto Aragão. Na maioria das vezes, o profissional é pego de surpresa e tem que se desdobrar para não ser responsabilizado por um ato que não cometeu.
"Todos esses atestados que chegam aqui no hospital, encaminhados pelas empresas são falsos. Nunca recebi um que não fosse", afirmou o médico gastroenterologista, Damião Nobre. Ele citou várias empresas que solicitaram que o hospital confirmasse a autenticidade de atestados médicos, entre elas, a rede Bompreço, Guararapes, Otoch, Nutrivida e Casa Norte, por desconfiança de que eram falsos. De uma só empresa ele recebeu sete, de uma vez.
Em 2010, o clínico Otto Max foi vítima por cinco vezes de falsificação. Só tomou conhecimento do caso em fevereiro deste ano, quando foi convocado pelo Hospital Santa Catarina, onde também trabalha. "Foi um transtorno. Eu estava em João Câmara, e tive que me deslocar para Natal para reconhecer essas assinaturas. Depois fui prestar queixa, mas terminei desistindo porque perdi muito tempo. Sei que foi um erro, mas não fiz o B.O.".
Carlos Antônio é cirurgião do hospital Santa Catarina. Foi vítima da mesma fraude. No atestado, afirmou, a exemplo de Otton Max, o seguinte: "não é minha assinatura". Comparando as duas assinaturas - a dele e que está no atestado (veja fax-símile) a diferença é gritante. "Além disso, o número do CRM utilizado no atestado não era o meu. As empresas que recebem esses atestados tem a obrigação de investigar", disse ele.
Além de checar a assinatura do médico, a direção confirma se o paciente citado no atestado tem boletim médico registrado. Na maioria dos casos suspeitos, não houve qualquer atendimento.
O diretor técnico do hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina, Damião Nobre de Medeiros, não tem dúvidas da ação de quadrilhas especializadas. "Pela quantidade que recebemos, existe uma ação organizada em falsificar e vender esses atestados e não me espantaria se essa quadrilha envolver funcionários de hospitais e clínicas", afirmou o médico.
Ele disse que é difícil para um hospital como o Santa Catarina controlar todo o fluxo de formulários. "Somos um hospital grande, não temos como evitar que uma pessoa leve uma folha de formulário. Não há como evitar furtos dentro da empresa", disse Damião Nobre.
Nos últimos seis meses, o hospital já recebeu, pelo menos, 20 atestados médicos com suspeita de falsificação e confirmou a maioria deles. Todos em formulário com timbre da unidade e assinatura de, pelo menos, sete médicos diferentes. Dois deles, sequer pertencem ao corpo clínico do hospital. Em todos os casos as assinaturas não batiam com a verdadeira.
Além disso, em alguns atestados a grafia do texto manuscrito era a mesma, embora os documentos fossem assinados por médicos diferentes. Nos atestados, constavam ainda supostas assinaturas de Carlos Antônio Dantas, Otto Max Barreto Aragão. Na maioria das vezes, o profissional é pego de surpresa e tem que se desdobrar para não ser responsabilizado por um ato que não cometeu.
"Todos esses atestados que chegam aqui no hospital, encaminhados pelas empresas são falsos. Nunca recebi um que não fosse", afirmou o médico gastroenterologista, Damião Nobre. Ele citou várias empresas que solicitaram que o hospital confirmasse a autenticidade de atestados médicos, entre elas, a rede Bompreço, Guararapes, Otoch, Nutrivida e Casa Norte, por desconfiança de que eram falsos. De uma só empresa ele recebeu sete, de uma vez.
Em 2010, o clínico Otto Max foi vítima por cinco vezes de falsificação. Só tomou conhecimento do caso em fevereiro deste ano, quando foi convocado pelo Hospital Santa Catarina, onde também trabalha. "Foi um transtorno. Eu estava em João Câmara, e tive que me deslocar para Natal para reconhecer essas assinaturas. Depois fui prestar queixa, mas terminei desistindo porque perdi muito tempo. Sei que foi um erro, mas não fiz o B.O.".
Carlos Antônio é cirurgião do hospital Santa Catarina. Foi vítima da mesma fraude. No atestado, afirmou, a exemplo de Otton Max, o seguinte: "não é minha assinatura". Comparando as duas assinaturas - a dele e que está no atestado (veja fax-símile) a diferença é gritante. "Além disso, o número do CRM utilizado no atestado não era o meu. As empresas que recebem esses atestados tem a obrigação de investigar", disse ele.
Além de checar a assinatura do médico, a direção confirma se o paciente citado no atestado tem boletim médico registrado. Na maioria dos casos suspeitos, não houve qualquer atendimento.
Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/atestados-medicos-falsos-e-faceis/179329
Nenhum comentário:
Postar um comentário