segunda-feira, 4 de julho de 2011

Depressão se torna comum entre médicos de todo o país


Na segunda reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, veja as condições que transformam os médicos em pacientes. Uma pesquisa realizada em um hospital público de São Paulo revela que, de cada dois médicos, um sofre de sintomas de depressão. A realidade mostra que esse quadro pode ser estendido a todo o país. Com a pressão, o estresse, a falta de estrutura dos hospitais e as longas jornadas de trabalho, é grande o número de médicos que sofre da doença e toma remédios para trabalhar. Também não são raros os casos em que os profissionais são agredidos por pacientes.

Confira o vídeo da rportagem no link abaixo:

Um a cada dois médicos sofre de depressão, diz pesquisa

Rotina estressante, uso de drogas e falta de estrutura são as origens do problema.

De cada dois médicos, um sofre de sintomas de depressão. Esse número assustador está numa pesquisa feita em um hospital público de São Paulo. Mas a realidade mostra que o resultado da pesquisa pode ser ampliado para o resto do país. As pressões do dia a dia transformam médicos em pacientes.
Muitos usam remédios como drogas para suportar a carga de trabalho e a falta de estrutura. É o que mostra Tatiana Chiari na segunda reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record.
Situações corriqueiras como salas de atendimento lotadas e discussões às vezes inevitáveis por causa da superlotação podem levar esses profissionais ao limite.

E não são raros os casos dos médicos agredidos por pacientes ou familiares insatisfeitos. Em um posto em Sumaré, interior de São Paulo, por exemplo, um médico teve que ser afastado por duas semanas depois de quebrar as costelas numa briga com um paciente.

São problemas assim que minam a saúde dos médicos e aumentam ainda mais a insatisfação de quem precisa deles.

A consequência do estresse e da pressão pode transformar o médico em paciente. Alguns precisam do apoio de clínicas de recuperação para dependentes de drogas.

Uma pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) realizada num hospital público da cidade mostra que quase 67% dos médicos dizem conhecer colegas que usam drogas, muitas vezes no próprio ambiente de trabalho. Perto de 20% deles reconheceram ser, eles mesmos, usuários. Mas quase 90% dos profissionais admitem que não vão procurar ajuda especializada.

Isso porque os médicos têm dificuldade de se reconhecerem como paciente. Treinados para cuidar do outro, eles não estão preparados para perceber que também precisam se cuidar. E a inversão de papéis se torna difícil. 

Fonte: R7.com

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