segunda-feira, 25 de julho de 2011

Problemas do Atendimento dos Planos de Saúde


A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou requerimento que solicita a realização de audiência pública para discutir os problemas do atendimento aos usuários de planos de saúde. De acordo com dados divulgados pela mídia, as queixas contra os planos de saúde mais que dobraram nos últimos seis meses.
É grande o descaso dos planos de saúde com a qualidade do atendimento aos seus usuários.  Há mais de dez anos que as queixas contra os planos de saúde lideram a lista de reclamação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). As denúncias mais frequentes estão relacionadas à negativa de cobertura; em seguida, as reclamações sobre a existência de cláusulas contratuais abusivas; e, em terceiro lugar, vem o aumento injustificado das mensalidades. “Nós, parlamentares da Comissão de Defesa do Consumidor, não podemos deixar essa situação sem solução. Temos que procurar, juntos com os órgãos envolvidos, um meio de proteger o direito do consumidor”, destacou Valadares Filho.

O descaso dos planos de saúde no que diz respeito ao atendimento dos usuários com a qualidade e prontidão necessárias é grande.  Mesmo com a pressão de clientes e médicos para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aumente a fiscalização, o problema persiste e as queixas contra os planos de saúde continuam aumentando.  Somente no primeiro bimestre, foram realizados 28.318 registros de reclamações.  
 
Serão convidados para audiência pública, que deve ocorrer dentro de alguns dias, representantes de entidades de defesa do consumidor, de representantes das operadoras de saúde e da direção da ANS. “Queremos prestar esclarecimentos à sociedade sobre os procedimentos de fiscalização que estão sendo adotados para solucionar esse grave problema”.

Fonte:

Há mais de uma década persiste a insatisfação com os atuais serviços de saúde privada. Por quantos anos mais precisaremos conviver com tanta inércia frente aos fatos mais evidentes? Urge a surgência de uma nova estratégia de oferta de serviços em saúde. Freedom.

sábado, 23 de julho de 2011

Audiência pública mostra insatisfação de médicos com planos de saúde no Ceará





Fonte: globo.com

Defasagem de valores pagos aos médicos pelas operadoras dos planos de saúde é discutida em audiência pública.
Assista ao vídeo da reportagem no link abaixo:


Até quando teremos que ficar nesta guerra de braço? Será necessário tanto desgaste? O atual sistema de oferta de serviços de saúde está ultrapassado. Tudo evolui. Novas estratégias precisam surgir.
Brevemente os senhores conhecerão um sistema de oferta de serviços de saúde que proporcionará liberdade para os usuários e prestadores de serviço em saúde. Freedom.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Debate sobre impasse entre planos de saúde e hospitais


As comissões do Consumidor e de Seguridade Social e Saúde realizou audiência pública para discutir a falta de atendimento aos usuários do plano de saúde por parte dos hospitais.
Fernando Hugo, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, afirmou que os planos de saúde, sobretudo a Unimed Fortaleza, e a rede hospitalar particular não chegaram a um acordo. Segundo ele, os administradores das unidades de saúde reclamam da tabela defasada e da falta de reposição das perdas inflacionárias, problema que pode comprometer a prestação dos serviços aos usuários do plano. Informou que há 400 mil usuários da Unimed na Capital, que, uma vez paralisados os atendimentos, terão que se dirigir aos hospitais públicos. Segundo ele, as condições de trabalho estão se precarizando e muitos exames estão sendo proibidos pelos planos, limitando a amplitude do atendimento.
“Os planos de saúde fazem maltratos com os usuários e médicos. Há diversas situações vexatórias em postos de atendimento de emergência e urgência”, avaliou.
Médicos
Hugo frisou que a categoria pede reajuste dos valores pagos pelos procedimentos, mas não é essa a única causa do descontentamento dos médicos.
“São 160 mil médicos que trabalham, atendendo a uma população de mais de 42 milhões de usuários. Porém, há inúmeros casos que este atendimento deixa a desejar pelos limites de exames e procedimentos impostos pelas empresas”, disse.
Segundo observou, há casos que os limites dos planos de saúde chegam a colocar vidas em risco. Como exemplo, citou o caso de uma amiga que foi forçada a assinar um cheque de R$ 18 mil porque o plano não permitia o indispensável uso de um cateter para um procedimento trombolítico de emergência. Ele pediu que a Agência Nacional da Saúde Suplementar faça fiscalização direta nos planos de saúde.
”Estamos explicando para os usuários a extensão dos planos de saúde. Não há mais UTIs em número suficiente, porque não se fez uma programação de crescimento do atendimento. Vendeu-se planos demais, além das condições de atendimento dos serviços do plano”, criticou.
Convidados
Entre os convidados para a audiência, estão a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Ceará (OAB-CE), Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), Decon e planos de saúde de Fortaleza.

Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Questão dos planos de saúde é debatida em audiência pública


Os problemas enfrentados pelos usuários de planos de saúde e médicos credenciados foram debatidos em audiência pública da Câmara Municipal do Recife, realizada por iniciativa da vereadora Doutora Vera Lopes (PPS). “A questão da saúde complementar no Recife é crítica. Para os usuários não basta um plano para se ter assistência integral ou internamento. Ao mesmo tempo, os médicos não estão sendo bem remunerados para prestar atendimento e a fiscalização dos planos é deficiente. A Agência Nacional de Saúde (ANS), responsável por essa fiscalização, deixa a desejar”, afirmou a vereadora.
Muitos planos aproveitam-se da boa fé dos usuários, de acordo com denúncia da Doutora Vera Lopes, pois oferecem serviços que não cobrem. “E quando as pessoas precisam dos serviços, esses planos repassam o paciente para o SUS, sem fazer o mesmo repasse financeiro. É o caso das cirurgias neurológicas, por exemplo, que às vezes são feitas no Hospital da Restauração”, afirmou. A vereadora disse que o seu objetivo enquanto política e médica é fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), para garantir melhor qualidade de vida à população. “Afinal, a maioria não tem condições de pagar planos. Principalmente os idosos, pois aos 60 anos o preço dos planos dispara. Coincide com a época das aposentarias e as pessoas ficam sem condições de pagar pela assistência de saúde”, disse.


Vera Lopes também ressaltou que ao mesmo tempo que os planos de saúde cobram altas mensalidades dos conveniados, pagam baixos honorários médicos, às vezes abaixo da tabela CBHPM (Classificação Brasileira de Honorários e Procedimentos Médicos). “Buscamos a melhoria do pagamento dos honorários médicos pelos planos. Muitos profissionais se submetem a atender somente em prol da população”, afirmou. Participaram da audiência a defensora pública do Consumidor, Idosos, Saúde Pública e Complementar, Cristina Sakaki; o secretário-geral do Cremepe, Luís Domingues; o representante da Sociedade de Obstetras e Ginecologistas, Carlos Alberto Sá Marques; a diretora do Sindicato dos Médicos, Malu David e o representante da Federação Nacional dos Médicos, Antônio Jordão.


A defensora pública Cristina Sakaki disse que se perdurar a atual situação da saúde complementar, todos sairão perdendo. “Os planos porque precisam dos médicos e vice-versa. E a população porque precisa dos dois”, disse. Segundo a diretora do Sindicato dos Médicos, Malu Davi, nos últimos dez anos, as operadoras de planos de saúde receberam da Agência Nacional de Saúde (ANS) autorização para reajustar as mensalidades em mais de 160%, enquanto aplicaram, no mesmo período, aos honorários médicos, reajustes inferiores a 60%. “Queremos continuar na saúde suplementar, mas precisamos do respeito das operadoras. Elas estão aviltando os nossos honorários”, protestou a médica, que é integrante da Comissão Estadual de Honorários Médicos.


Luiz Domingues, representante do Conselho Regional de Medicina na audiência pública, alertou que a relação com os planos de saúde tem levado os médicos à exaustão e coloca em risco a saúde da população quando as operadoras restringem exames e outros procedimentos para reduzir custos. “Situações clínicas se agravam pela demora na liberação dos exames. O médico deve ter autonomia para decidir o que é melhor para o paciente”, afirmou.


Para o representante da Sociedade de Ginecologia de Pernambuco, Carlos Alberto Sá Marques, cresce a luta dos médicos para garantir os valores da tabela CBHPM. “A gente não está mais baixando a cabeça para os planos de saúde. E a população também deve abrir os olhos para isso porque está sendo ludibriada com propagandas falsas de que pagando pequenas mensalidades é possível garantir um atendimento de qualidade”.


O consumidor que se sentir lesado no atendimento das operadoras de planos de saúde pode denunciar a Defensoria Pública na Rua Marques de Amorim, 127, Boa Vista. O telefone é 3182.3700.

Fonte: Câmara Municipal de Recife
http://www.camara.recife.pe.gov.br/noticias/questao-dos-planos-de-saude-e-debatida-em-audiencia-public/

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Adib Jatene comenta novas regras do SUS


Fonte: R7.com

O Sistema Único de Saúde tem novas regras. Uma das principais mudanças é o mapeamento dos serviços de saúde por regiões. O governo vai dividir o país para agrupar cidades com condições econômicas e sociais semelhantes e cada região terá metas diferentes de acordo com a realidade local. O professor e doutor Adib Jatene, colunista do Jornal da Record News, comenta o caso.

Confira o vídeo da entrevista no link abaixo:

O médico permaneceu na bancada do Jornal da Record News durante o intervalo e comentou a gestão da saúde no Brasil. Questionado por Heródoto sobre a raiz dos problemas, ele falou que o orçamento do ministério da Saúde deveria ser o dobro.

Confira o vídeo no link abaixo:

domingo, 17 de julho de 2011

Clientes de planos de saúde não têm garantia de atendimento em hospitais

Fonte: g1.globo.com


Em quatro anos, o número de pessoas com convênios subiu de 36 milhões para 45 milhões. Segundo o IBGE, de 2005 a 2009, o país perdeu mais de 11 mil leitos em hospitais particulares. Quase 400 fecharam as portas.

Na maior cidade brasileira, faltam leitos nos hospitais, inclusive nos particulares. O resultado é que eles não conseguem atender todos os pacientes. Nem os que pagam planos de saúde.

Pagar um plano de saúde não é garantia de bom atendimento. "A minha sogra está com problema de coração. Também tinha direito a um quarto privativo porque é o que ela paga e ela está na enfermaria desde quarta-feira", disse a empregada doméstica Amanda Pasqualini.

Em um hospital, nem a enfermaria tem espaço. "Não tem vaga para internação, estou vendo isto agora. Não tem nenhuma vaga, estou esperando alta", relatou a atendente.

O Jornal Nacional visitou hospitais particulares de São Paulo com uma câmera escondida. "Por enquanto, pelas informações que a gente está tendo, não está muito fácil de vaga", informou o atendente.
Em um terceiro hospital: "Nesse momento nós temos vaga. Daqui uma hora, duas horas pode ser que não tenha", avisou o atendente.

Os hospitais dizem que trabalham no limite há muito tempo, mas que nos últimos cinco ou seis anos, não têm conseguido atender todo mundo. Segundo eles, a origem do problema está em uma boa notícia: a economia vai bem, os brasileiros têm mais empregos formais com salários fixos e podem pagar planos de saúde. Só que a estrutura oferecida por alguns planos não têm sido suficiente.

Em quatro anos, o número de pessoas com planos de saúde subiu de 36 milhões para 45 milhões. Segundo o IBGE, de 2005 a 2009, o país perdeu mais de 11 mil leitos em hospitais particulares. Quase 400 fecharam as portas.

Para o presidente do Sindicato dos Hospitais, Dante Ancona Montagnana, o problema é mais grave nas instituições pequenas, que atendem aos convênios mais baratos. "São planos pequenos, de R$ 50, R$ 60, e que não pegam hospitais de grande porte. São os de pequeno porte que têm poucos leitos", explicou.
Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo disse que não tem conhecimento de falta de leitos entre seus associados. A FenaSaúde, que representa os 15 maiores planos, afirma que não vê evidências de prejuízos aos beneficiários.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que em setembro entra em vigor uma norma que determina prazos máximos para agendamento de consultas e procedimentos. E que a ampliação de infraestrutura é de responsabilidade das operadoras.

Para o diretor de hospital Mauro Valezin, a situação não é boa. Ele acabou de criar 107 leitos e ainda tem problemas. "Por falta exatamente de vagas, tem determinados dias da semana que acabamos por transferir pacientes do nosso pronto-socorro para outros hospitais que dispõem de leitos de UTI".

Edição do dia 05/07/2011

sábado, 16 de julho de 2011

Cidades do interior do Brasil enfrentam falta de médicos

Fonte: R7.com

Em quase todas as pequenas cidades do Brasil, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo, faltam profissionais de algumas áreas, como pediatria e clínica geral. Os estudantes de Medicina estão privilegiando especializações que exigem menos contato com o paciente e menos horas de dedicação diária, já que se preocupam com a qualidade de vida. Mas muitos dos futuros médicos encaram esses problemas em nome de uma vocação.

Além das horas de estudo, muitos precisam trabalhar para se tornar médicos

O perfil dos futuros médicos está mudando no Brasil. Pesquisas mostram que os estudantes preferem fugir de especialidades que exigem muita dedicação.
Com isso, cada vez mais faltam profissionais nas cidades do interior, e as prefeituras travam batalhas para conquistar os novos doutores e completar vagas em postos de saúde. Mas entre os 16 mil alunos que são formados a cada ano no país, alguns fogem dessa regra.
Na última reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record, a repórter Tatiana Chiari mostra que ainda há exceções e que muitos estudantes ainda dão o sangue para realizar o sonho de ser médico.
É o caso de Ana Laura, que, após um curso técnico na área da saúde, decidiu que medicina era mesmo o que queria. E não foi a falta de recursos financeiros da família que a impediu de realizar o sonho.
Como um curso de medicina numa faculdade particular pode chegar a R$ 4 mil, Ana Laura foi atrás de uma bolsa de estudos e de outras alternativas para se manter.
- A gente estava numa situação difícil. Aí conversei com o dono da cantina, [perguntei] se podia trabalhar lá e ele me ajudou muito, tanto transporte e alimentação, custos pesados. Consegui cobrir.

Veja a quinta reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo no link abaixo:

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Médicos dividem alegrias e tristezas para tratar doença e sentimento dos pacientes

Fonte: R7.com

Conheça profissionais que fazem da medicina uma vocação

Para muitos médicos, a medicina não é apenas uma carreira, mas também uma missão de salvar vidas. Não são raros os casos em que os profissionais se envolvem nas alegrias e tristezas dos pacientes e, em troca, recebem a eterna gratidão deles.

O trabalho dos médicos é tão intenso, que eles acabam se envolvendo com seus pacientes, dividindo alegrias e tristezas e continuando juntos até o fim. Isso faz da medicina não apenas uma profissão, mas, também, uma vocação.
Na quarta reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record, a repórter Tatiana Chiari mostra histórias de orgulho que caminham com os médicos para o resto de suas vidas.
O casal de médicos Gláucio e Beatriz é um exemplo disso. Ambos possuem a mesma formação, cardiologistas pediátricos, têm quase a mesma idade e um objetivo comum: salvar crianças.
A história deles começou no primeiro ano da faculdade, quando os dois ainda eram estudantes de medicina. Virou namoro, casamento e parceria profissional: eles operam juntos há 31 anos. São dois corações que se encontraram há muito tempo e que hoje se dedicam a fazer outros pequenos corações voltarem a bater bem.
A pequena Ana Clara, de dois meses, vive essa expectativa. Ela tem um problema grave no coração e que exige total atenção da equipe. A Dra. Beatriz e o Dr. Gláucio se alternam no comando da cirurgia, um revezamento que não pode ter erros, explica o cirurgião.
- A gente reveza. Uma vez ela opera e eu ajudo, depois eu opero e ela ajuda. E o entrosamento é tudo. Como estamos há muito tempo juntos, um não precisa falar para o outro o que precisa ser feito. Isso é fundamental numa cirurgia complexa. Se não opera [a criança], 50% morre em um mês.
De acordo com Adriana Ramos, instrumentadora do casal há 17 anos, a dupla é perfeita.
- [Eles são] batalhadores, não desistem. Fazem tudo que é possível. Convivo mais com eles do que com os meus pais. São pelo menos duas cirurgias por dia. A primeira de hoje demorou quase quatro horas e foi muito bem sucedida.
A Dra. Sandra, que trabalha no Hospital A.C. Camargo, é outra profissional que se envolve com os pacientes. São muitas horas de dedicação a casos difíceis, alguns que ela acompanha por anos.
Ela diz que não teme se envolver com as tristezas e alegrias dos pacientes – é justamente disso que ela tira forças para o dia seguinte.
- Eu emociono. Não tenho vergonha, eu choro, e aprendi a lidar que o dia que eu deixar de me emocionar, eu vou parar. É mais difícil que a gente fica mais vulnerável.
Especialista em câncer, ela lida diariamente com uma das doenças que mais desafiam a medicina. É por isso que Sandra tem outro campo de batalha. Para ela, é preciso cuidar dos sentimentos dos pacientes, que é de longe a área mais afetada diante do diagnóstico do câncer.

Veja a quarta reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo no link abaixo:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Caos nos hospitais torna trabalho de socorrista perigoso

Fonte: R7.com
Serviço necessário para a sobrevivência de acidentados é feito em meio a problemas.
De tão puxado, o trabalho dos socorristas brasileiros está colocando a vida dos próprios profissionais em risco. Isso porque a rotina de hospitais lotados, com muitos pacientes internados, médicos mergulhados até o pescoço no trabalho e no caos, torna o trabalho um verdadeiro pesadelo, em alguns casos.

Essa rotina foi flagrada pela reportagem do Jornal da Record em um pronto-socorro gaúcho e no Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, os socorristas vencem o congestionamento, a chuva, e colocam a vida em risco para salvar outra.

A primeira hora no atendimento de um paciente acidentado é fundamental na recuperação dele. Em uma hora, desde o momento do acidente, ele tem que ser resgatado, imobilizado, receber os primeiros socorros, ser transportado para o pronto-socorro e ser atendido. Esse espaço de tempo é conhecido no mundo todo como golden hour ou hora de ouro em português.

Segundo Alfredo Carlos, médico plantonista, o primeiro atendimento tem de ser rápido. Nele você tem de detectar risco à vida, fatores que estejam a ameaçando e depois partir para exames mais minuciosos.

Na reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, a realidade do pronto atendimento é dura em todo país

Além do trânsito pesado, o socorrista ainda lida com alguns motoristas que não respeitam muito uma viatura de socorro. Na grande maioria das vezes, quem faz o chamado ao corpo de bombeiros não tem detalhes sobre o estado de saúde da vítima. E é nessa hora que os bombeiros precisam ser rápidos e eficazes para dar sobrevida a esse paciente.

A rotina de um socorrista é lidar com os extremos e tentar mudar o destino de quem corre risco de perder a vida.


Veja o vídeo desta reportagem no link abaixo:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Depressão se torna comum entre médicos de todo o país


Na segunda reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, veja as condições que transformam os médicos em pacientes. Uma pesquisa realizada em um hospital público de São Paulo revela que, de cada dois médicos, um sofre de sintomas de depressão. A realidade mostra que esse quadro pode ser estendido a todo o país. Com a pressão, o estresse, a falta de estrutura dos hospitais e as longas jornadas de trabalho, é grande o número de médicos que sofre da doença e toma remédios para trabalhar. Também não são raros os casos em que os profissionais são agredidos por pacientes.

Confira o vídeo da rportagem no link abaixo:

Um a cada dois médicos sofre de depressão, diz pesquisa

Rotina estressante, uso de drogas e falta de estrutura são as origens do problema.

De cada dois médicos, um sofre de sintomas de depressão. Esse número assustador está numa pesquisa feita em um hospital público de São Paulo. Mas a realidade mostra que o resultado da pesquisa pode ser ampliado para o resto do país. As pressões do dia a dia transformam médicos em pacientes.
Muitos usam remédios como drogas para suportar a carga de trabalho e a falta de estrutura. É o que mostra Tatiana Chiari na segunda reportagem da série Emergência Médica - Vidas em Perigo, do Jornal da Record.
Situações corriqueiras como salas de atendimento lotadas e discussões às vezes inevitáveis por causa da superlotação podem levar esses profissionais ao limite.

E não são raros os casos dos médicos agredidos por pacientes ou familiares insatisfeitos. Em um posto em Sumaré, interior de São Paulo, por exemplo, um médico teve que ser afastado por duas semanas depois de quebrar as costelas numa briga com um paciente.

São problemas assim que minam a saúde dos médicos e aumentam ainda mais a insatisfação de quem precisa deles.

A consequência do estresse e da pressão pode transformar o médico em paciente. Alguns precisam do apoio de clínicas de recuperação para dependentes de drogas.

Uma pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) realizada num hospital público da cidade mostra que quase 67% dos médicos dizem conhecer colegas que usam drogas, muitas vezes no próprio ambiente de trabalho. Perto de 20% deles reconheceram ser, eles mesmos, usuários. Mas quase 90% dos profissionais admitem que não vão procurar ajuda especializada.

Isso porque os médicos têm dificuldade de se reconhecerem como paciente. Treinados para cuidar do outro, eles não estão preparados para perceber que também precisam se cuidar. E a inversão de papéis se torna difícil. 

Fonte: R7.com

domingo, 3 de julho de 2011

Vida de médicos é marcada por longas jornadas, estresse e pressão

Médicos encaram vida e morte em pronto-socorro,
mesmo sob pressão e após longas jornadas

Veja a 1ª reportagem da série Emergência Médica: Vidas em perigo, do JR
Do R7, com Jornal da Record

Na correria de um pronto-socorro, os médicos e enfermeiros de plantão precisam agir com rapidez e precisão, já que as vidas dos pacientes estão em suas mãos. Mas além do estresse e da pressão, esses profissionais também enfrentam suas precárias condições de trabalho: muitos deles fazem jornadas duplas e até triplas e encaram plantões de 24 horas, o que pode prejudicar o desempenho.
Na primeira reportagem da série Emergência Médica: Vidas em perigo, do Jornal da Record, a repórter Tatiana Chiari apresenta o centro nervoso e o coração da profissão de médico: o pronto-socorro.
Na rotina do plantão médico, reconhecer a gravidade do quadro clínico é parte fundamental do trabalho. Independente do resultado de cada caso, o tempo é curto para lamentações ou mesmo para alegrias, como conta Reginaldo Alcântara, gerente de pronto-socorro.
- A gente usa de tudo, faz de tudo, mas tem uma hora que não consegue, fica chateado, magoado. Mas daqui a pouco chega mais um e tem que enxugar as lágrimas e dar continuidade.
E além da pressão e das emoções, outro fator torna ainda mais difícil a tarefa dos médicos: a extensa jornada de trabalho.
É o caso do cirurgião geral Ricardo Monteiro, que trabalha cerca de 120 horas por semana. Ele diz que os protocolos e a experiência permitem ao médico manter o bom atendimento mesmo diante de jornadas tão extensas de trabalho.
- A gente já tem idéia se é mais grave ou tranquilo. E tem o feeling também. Vem com a experiência, cada um tem seu dom.
De acordo com o psiquiatra Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), a necessidade das longas jornadas é um dos grandes desafios para a boa prática médica.
- O médico é submetido a condições desfavoráveis para exercer o trabalho dele, [como] trabalhar em plantões excessivos, falta de repouso após plantões e várias condições de uma sociedade que não está bem organizada para a qualidade de vida.
Apesar de tantas responsabilidades, Monteiro se esforça para dar conta também de outras prioridades. Ele faz questão de buscar o filho na escola entre um compromisso e outro, frequenta a academia do prédio pelo menos três vezes por semana e dedica todo o pouco tempo livre à família.
Para conseguir suportar o ritmo frenético do pronto-atendimento, cada médico tenta criar sua própria rotina. Com mais de 20 anos de experiência, médico Miguel Moretti teve que aprender a cuidar do próprio coração.
- Você vai aprendendo a se controlar no plantão. É uma meditação, paradinha estratégica, vai para o quarto, toma um café, relaxa, respira, coloca a adrenalina no lugar e volta para o plantão. Não se recomenda 24 horas de plantão. Depois de um tempo seu rendimento não é o mesmo.
De acordo com o médico Jorge Carlos Cury, presidente da Associação Paulista de Medicina, a situação se repete tanto na rede pública como na privada.
- Os médicos não encontram as melhores condições de trabalho, recursos para atender os pacientes, dar prosseguimento, para a realização de cirurgia, execução de exames. Lamentavelmente [isso ocorre] no público e privado.
E é diante da falta de estrutura e de condições que os médicos acabam lidando com todos os tipos de emoções – boas e ruins – como explica Moretti.
- Nada supera a alegria de ver uma criança nascer, ou perder o paciente em uma operação. Emoção é muito forte, mas não pode misturar. Quando estou aqui, esqueço todo o resto.
Para Monteiro, a medicina é compensadora.
- Vale a pena porque é apaixonante. Me preparei para isso e não me arrependo.

Confira o vídeo desta reportagem no link abaixo:

Fonte: R7.com

sábado, 2 de julho de 2011

Série do Jornal da Record

O Jornal da Record exibiu durante esta semana uma série de reportagens mostrando como é a vida dos profissionais médicos hoje no Brasil.
Foram excelentes reportagens. Parabéns à equipe que produziu esta série. Retrata um pouco o que é nossa profissão hoje no Brasil.

A nova série do Jornal da Record mostrou as alegrias, tristezas e realizações dos médicos. O estresse e a pressão do cotidiano transformam muitos doutores em pacientes e a proximidade com a morte abala os profissionais. Não deixe de ver a série Emergência Médica: Vidas em Perigo.
Confira a chamada da série no site do R7.com: 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Boicote de médicos a planos de saúde





publicado em 01/07/2011 às 13h37 no R7.com:

Boicote de médicos a planos de saúde em SP vai funcionar por rodízio e não atinge emergência

Profissionais vão deixar de atender por dez planos de saúde em dias específicos
Felipe Maia, do R7

A interrupção do atendimento a clientes de dez planos de saúde do Estado de São Paulo, decidida nesta quinta-feira (30) pelos profissionais, vai atingir consultas e procedimentos eletivos, ou seja, marcados com antecedência, que não são de emergência.
E a paralisação vai acontecer por sistema de rodízio entre as especialidades: em uma semana os cardiologistas aderem ao boicote por três dias, depois na outra os ginecologistas interrompem o atendimento e assim sucessivamente.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que regula esse mercado no Brasil, disse em comunicado que os serviços de urgência e emergência não podem sofrer com a paralisação e que não há “justificativa legal para a suspensão de atendimento nesses casos”.

No caso dos atendimentos eletivos, os planos de saúde devem providenciar um novo agendamento de consultas, exames e internações “em tempo razoável, de forma a garantir a assistência à saúde de seus beneficiários consumidores”.

– Os sistemas e fluxos de autorizações das operadoras devem estar programados para as necessidades de reagendamento, bem como para os casos em que os médicos ou outros prestadores, por questões individuais ou particulares, optarem por não aderir à paralisação prevista. 
De acordo com os médicos, esses dez planos de saúde foram escolhidos por supostamente não estarem abertos a negociar melhores condições de remuneração para os profissionais.
Os médicos querem que o valor que eles recebem por consulta médica suba para R$ 80 e que seus contratos sejam reajustados de acordo com o aumento no valor da mensalidade do plano de saúde autorizado todo ano pela ANS.
Em nota, os médicos dizem que outra exigência importante é “o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, de internações e de outros procedimentos, interferências inaceitáveis que colocam em risco a saúde dos cidadãos”.
O cronograma com as datas em que cada especialidade vai parar deve sair em até 30 dias. De acordo com os manifestantes, como são 53 especialidades médicas, se cada uma parar em uma semana, o movimento pode durar mais de um ano inteiro.
Objetivo é fazer pressão
Jorge Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina, disse ao R7 que o objetivo do movimento não é penalizar os clientes dos planos, mas sim fazer pressão sobre as empresas.
– Os pacientes acabam sendo penalizados porque não têm assistência médica adequada. Esse não é um problema só dos médicos, é de mundo que está envolvido na saúde suplementar. Uma saída é descredenciar [o plano de saúde] e começar a cobrar consulta particular, o que é ruim para a população, porque nem todo mundo pode pagar.
Curi diz que o setor “já está no meio de uma crise”.
– Isso chegou nessa situação porque o médico aceita demais, não quer prejudicar a relação com o paciente, mas não há mais meios de aceitar isso.
Procurada pela reportagem, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15 dos maiores grupos de operadoras de planos de saúde, disse por meio de nota que “suas afiliadas estão entre as operadoras que melhor remuneram os médicos” e que está participando das negociações sobre o assunto.