quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Esses são os serviços de saúde do Brasil

Mais um exemplo da má gestão do dinheiro público direcionado aos serviços essenciais como a saúde. A politicagem e a corrupção são os piores vírus. Matam mais que todas as doenças infecciosas. Deixam mais sequelas que os acidentes vasculares.

Confira abaixo mais uma reportagem que expõe o precário serviço de saúde pública pelo qual pagamos caro, com todas as taxas e impostos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Caos na saúde

Assista ao  Profissão Repórter, muito bem conduzido pelo jornalista Caco Barcelos, onde é exposta a calamitosa situação da saúde no Brasil.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais protesto contra os planos de saúde

Em 21 de setembro, médicos de todo o país participarão de um protesto contra os planos de saúde. Dessa vez, o alvo serão as operadoras que se recusaram a negociar a revisão dos honorários ou que apresentaram propostas consideradas irrisórias. A paralisação de 24 horas ocorrerá em nível nacional, sendo um desdobramento direto do ato de 7 de abril, quando houve mobilização nacional dos médicos  contra os problemas observados na saúde suplementar.
Nos estados, as Comissões de Honorários Médicos – integradas por representantes de diferentes entidades em nível local -, já trabalham pela definição dos planos-alvo do protesto de setembro.  A escolha será feita com base no desempenho das negociações no âmbito estadual, sendo que uma lista com as empresas selecionadas será divulgada uma semana antes do protesto entre os médicos da região.
Na data, os médicos trabalharão normalmente. A única diferença é que apenas as consultas e procedimentos dos planos de saúde que não aceitaram negociar com a categoria serão suspensos durante 24 horas. Casos de urgência e emergência não serão atingidos pela medida, sendo que os profissionais procurarão também avisar com antecedência os pacientes sobre o protesto. As remarcações dos atendimentos serão feitas pelas empresas.

Reunião - Na primeira semana de setembro, representantes de conselhos regionais de medicina, de sindicatos médicos, e de associações e sociedades de especialidades se encontrarão em Brasília, na sede do CFM, para acertar os detalhes da manifestação. “Em abril, nos alertamos às operadoras sobre a importância da negociação. Várias delas entenderam nosso pleito. Contudo, outras tantas não fizeram sua parte. Por isso, o médico vai protestar e mostrar a cada uma delas sua insatisfação”, afirma o coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Aloísio Tibiriçá Miranda, também 2º vice-presidente do CFM.
Os médicos exigem das operadoras a revisão dos valores pagos por consultas e outros serviços, tendo como parâmetro e referencia a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Também cobram o fim da interferência anti-ética das operadoras na autonomia do profissional.  No entanto, a reorganização da própria assistência suplementar também está na pauta dos profissionais.
Legislação – A Comissão de Saúde Suplementar se reuniu em 23 de agosto para analisar e apresentar contribuições ao trabalho em desenvolvimento no âmbito da Câmara dos Deputados com o objetivo de definir novo marco legal para a saúde suplementar no país, o que pode contribuir para o aperfeiçoamento da assistência, a maior transparência da gestão dessas empresas e eliminar distorções na relação com usuários e profissionais.
As propostas elaboradas pelas entidades médicas serão apresentadas à Subcomissão Especial criada para avaliar o sistema que se criou em torno dos serviços prestados pelas operadoras e seguradoras de saúde suplementar. O relator do grupo é o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que pretende analisar todas as sugestões encaminhadas, sendo que elas poderão ser incorporadas ao relatório preliminar, previsto para ficar pronto até 15 de setembro.

Fonte:
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22104:protesto-contra-planos-sera-em-21-de-setembro&catid=3

Confira o vídeo abaixo:

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Medicina e seu papel social

Certamente temos um papel social, como cidadãos e como profissionais. Devemos cobrar das autoridades competentes a execução dos serviços de saúde de uma forma eficaz e contínua, sem interrupções por supostas faltas de verba e sem sobrecargas nos serviços para a geração de números.
Devemos, além disso, criar estratégias eficazes de fazer com que nosso conhecimento e potencial de auxílio chegue aos mais longínquos e inacessíveis pontos deste país.

Vivemos na era da internet, onde é mais fácil ter acesso ao Google do que ter a orientação de um profissional de saúde. Por que não utilizarmos essa ferramenta tão poderosa e tão acessível para tentar minimizar o sofrimento de pessoas que não tem acesso ao sistema de saúde? Por que não regulamentar e criar uma forma de teleatendimento eficaz e não simplesmente baní-lo como fez o CFM? Chegamos a um ponto evolutivo onde decisões equivocadas de proibição já não têm tanta força e podem ser invalidadas ante uma mobilização com início nas redes sociais. Não podemos simplesmente, por comodismo ou por uma falsa sensação de segurança, fechar os olhos ante as possibilidades que se agigantam ao incorporarmos as maravilhas tecnológicas virtuais em nossa profissão.

Deve-se enxergar na internet uma possibilidade de aprofundamento da relação médico-paciente. Pensem no seguinte exemplo: Se uma paciente que eu já conheço e acompanho a tempos tiver a necessidade de um contato para esclarecimentos ou ajustes terapêuticos, é muito mais fácil que esse contato seja via internet e com as possibilidades que ela proporciona.
Não podemos ser taxativos, em decisões como esta, sem que sejam exploradas todas as possibilidades de uma forma criativa e que proporcione uma evolução na relação médico-paciente.

A entidade representativa de nossa profissão não deveria tomar atitudes retrógradas como alguns itens da resolução n. 1.974/2011. Além disso, toda e qualquer resolução que nos represente e que envolva os interesses de nossa classe deveria ser amplamente discutida e ouvidos todos os interessados (nós os profissionais médicos), e não impostas por uma cúpula hierarquizada. A internet e as redes sociais podem ser ferramentas democráticas para que possamos juntos construir resoluções que protejam e beneficiem os profissionais médicos e a sociedade que se utiliza de nossos serviços. É perfeitamente evitável a imposição de resoluções anacrônicas se ouvirmos mais uns aos outros, se tentarmos entender o outro e seus pontos de vista.

Ouvir, este é outro aspecto importante a ser abordado. Já não temos mais tempo nem de ouvir direito nossos próprios pacientes, quem dirá ouvirmos nossos colegas de profissão. E é por conta deste autoesclausuramento que nossas condiçoes de trabalho tornaram-se o que são hoje. Decadentes. Se nos unirmos, expormos nossos relatos de aberrações administrativas na saúde que presenciamos cotidianamente, e pararmos para ouvir uns aos outros, poderemos revolucionar nosso sistema de saúde.

Não precisamos ser escravos de um sistema público de saúde sucateado e sobrecarregado. Não precisamos ser reféns dos sistemas privados de planos de saúde superfaturados, que engordam seus cofres às custas de mensalidades abusivas de pessoas idosas e da mão de obra barata do jaleco branco. Temos em nossas mãos o poder de mudar esta realidade. Temos em nossas mentes o potencial de criar e suplantar estratégias obsoletas de oferta de nossos serviços. E devemos ter em nossos corações a coragem de levar, seja de que forma for, um alívio ao sofrimento de nossos doentes, já que esta é principal função de nossa profissão.

Doutor X

Para quem quiser inteirar-se mais sobre a resolução do CFM n. 1.974/2011 Ela está disponível no link abaixo: